A ministra da Agricultura anunciou esta terça-feira que as regiões do Baixo Douro e Cova da Beira, afetadas pelas intempéries de maio, registaram prejuízos globais de 20 milhões de euros, montante igual ao dos créditos disponibilizados.

“Esperamos dentro de dias ter uma resposta efetiva, [através] de uma linha de crédito no montante de 20 milhões de euros porque foi isso que o nos pediu o setor. Na zona do Baixo Douro, estamos a falar de prejuízos, excluindo o que foi coberto pelos seguros, de oito milhões de euros e na Cova da Beira de 12 milhões de euros”, indicou Maria do Céu Albuquerque, em resposta ao Bloco de Esquerda (BE), numa audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar.

Em causa está uma tempestade de chuva, granizo e vento, que atingiu, sobretudo, o Fundão, a Covilhã, Belmonte e Penamacor, no distrito de Castelo Branco, que dizimaram as culturas de primavera/verão deste ano, nomeadamente os pomares (cereja, pêssego, pereira, macieira, ameixeira, damasqueiro, figueiras) olival, vinha e hortas.

As culturas de outono/inverno, como aveia, azevém, trigo e feno, e os cereais de primavera/verão (milho e sorgo) foram também afetados.

Em comunicado, divulgado na semana passada, o Ministério da Agricultura, referiu que o executivo vai também prestar apoio para fazer face aos custos relativos aos tratamentos de pomares e vinhas, “mediante protocolos a celebrar com os municípios que se manifestem interessados”.

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Adicionalmente, está a ser avaliada a possibilidade de abertura de uma medida, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, para reduzir ou prevenir o impacto de catástrofes naturais ou fenómenos climáticos adversos, através da instalação de equipamentos de prevenção como redes de granizo.

Na altura, o Governo disse ainda que estava avaliar a possibilidade de cobertura de pomares com painéis fotovoltaicos, permitindo minimizar os prejuízos decorrentes da queda de granizo ou gelo, bem como produzir energia.

Na audição desta terça-feira, Maria do Céu Albuquerque reiterou que esta é apenas uma possibilidade, estudada em parceria com o Ministério do Ambiente, e já utilizada, por exemplo, em França.