Por se tratar de um dos eventos “mais significativos da vida cultural da cidade”, tanto nos domínios da promoção do livro e da leitura, como no aumento do nível de literacia, a Câmara Municipal de Lisboa tem previsto, esta quinta-feira, em reunião extraordinária, a assinatura de um acordo de colaboração com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), para a realização da Feira do Livro de Lisboa até 2022, estabelecendo uma comparticipação anual de 120 mil euros.

“A Câmara Municipal de Lisboa e a APEL entendem que uma mútua colaboração e a consequente criação de sinergias e convergência de ações é profícua aos objetivos que visam prosseguir, sendo vontade das partes contribuir para a realização da Feira do Livro de Lisboa”, segundo consta na nova proposta.

Uma parceria que se repete, depois do protocolo celebrado em 2017 entre o município e a APEL (também com vigência de três anos), que teve como resultado, segundo a CML, “um nível crescente de sucesso e de afluência de público, que nalguns anos ultrapassou as 500 mil pessoas“. Para as próximas edições – de 2020, 2021 e 2022 – o objetivo é manter a “estrutura programática”, com especial enfoque no serviço educativo, em articulação com a Rede Municipal de Bibliotecas de Lisboa, de forma a promover atividades para o público infantil e juvenil.

Através deste acordo, vai continuar a ser possível à APEL programar as próximas três edições do evento num quadro de “estabilidade e durabilidade”, permitindo “otimizar” a organização deste evento – e que, este ano, terá de incluir as medidas de prevenção já aprovadas pela Direção-Geral de Saúde, resultantes da pandemia de Covid-19. Alterações que já tiveram repercussão na data de realização da 90ª edição da Feira do Livro Lisboa que, excecionalmente, este ano, vai realizar-se entre os dias 27 de agosto e 13 de setembro. 

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O evento irá assim decorrer com a “normalidade possível, tendo em conta as restrições e condicionalismos que a situação provocada pela pandemia exigir”, referiu a APEL, em declarações à Lusa, no anúncio da data, a 28 de maio. Para o presidente, João Alvim, a Feira do Livro “é uma oportunidade de atividade que não se pode perder, não só do ponto de vista das vendas, como de apresentação de livros, autores, novos títulos e projetos editoriais”, afirmou.
As medidas de higiene e segurança a adotar, devido à pandemia, serão anunciadas posteriormente.

Feira do Livro de Lisboa começa a 27 de agosto, um dia antes da Feira do Porto