O desarmamento de cerca de 5 mil guerrilheiros da oposição moçambicana deverá estar concluído daqui a um ano, anunciou esta quinta-feira o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi.

O processo de desmobilização e reintegração na sociedade faz parte do acordo de paz assinado em agosto de 2019 entre o governo moçambicano, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição.

Até aqui, mais de 300 antigos guerrilheiros da Renamo” estão desmobilizados “num processo que deverá abranger mais de 5 mil elementos, cujo fim se prevê para junho de 2021”, referiu o chefe de Estado, durante as celebrações dos 45 anos de independência do país, feriado nacional, em Maputo. “É esperança de todos os moçambicanos que o processo decorra num ambiente de muita honestidade, confiança, seriedade e celeridade”, acrescentou.

No entanto, a paz continua ameaçada devido a “terroristas” no norte e a ataques da Junta Militar da Renamo, guerrilheiros dissidentes, no centro, notou o chefe de Estado, enaltecendo a resposta das Forças de Defesa e Segurança.

Filipe Nyusi referiu que, pela primeira vez, observa-se o feriado nacional de 25 de Junho em estado de emergência, decretado desde 1 de abril com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19.

Trata-se de proteger a vida de uma nação”, acrescentou, remetendo para dentro de dias uma nova intervenção sobre o assunto, a quatro de dias de terminar a prorrogação em vigor do estado de emergência. “Unidos e organizados venceremos mais esta batalha”, disse.

O país regista um total acumulado de 762 casos de infeção pelo novo coronavírus, cinco óbitos e 220 recuperados.

Moçambique celebra esta quinta-feira 45 anos de independência em relação ao regime colonial português, no mesmo ano em que o “arquiteto da unidade nacional”, Eduardo Mondlane, celebraria 100 anos.

Na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo, Filipe Nyusi dirigiu uma cerimónia de imposição de insígnias a 10 personalidades nacionais que fazem parte de um grupo de 175 condecorados pelo chefe do Estado.

A imposição de insígnias aos restantes condecorados terá lugar em cerimónias que serão realizadas a nível das capitais provinciais.

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