De um lado, a imprensa de Madrid a elogiar um grande golo de Vinícius, um fantástico livre direto de Sergio Ramos e uma vitória “sem espinhas” que mantém o Real na frente da Liga com os mesmos pontos do Barcelona. Do outro, a imprensa catalã a falar da falta de Carvajal no lance do primeiro golo, de um empurrão mais agressivo de Sergio Ramos na área numa bola parada e de mais uma vitória made in VAR. A razão, essa, estará algures no meio destas análises mas, a sete jornadas do final, está visto o filme que vai passar em Espanha até julho. Nem de propósito, a mesma ideia que o capitão dos merengues deixou no final do triunfo frente ao Maiorca (2-0).

Sergio Ramos, o defesa mais goleador de sempre em Espanha que empurrou o Real Madrid para a liderança

“É normal todo este ruído que se gera, é gerado porque estamos na liderança, antes não se falava tanto. Não creio que ninguém tome qualquer decisão de forma predeterminada. Parece que temos de agradecer aos árbitros por seremos líderes… Não comecem a fazer filmes”, atirou Sergio Ramos após um encontro onde esteve em risco após uma lesão feia contraída no joelho contra a Real Sociedad mas que não fez o central quebrar – pelo contrário, não só foi titular como marcou um grande golo. “É o prémio da regularidade, de muitos anos de trabalho. Sobre o jogo, sentiu-se o cansaço acumulado e não estamos contentes com aquilo que fizemos”, assumiu.

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“Falou um pouco mais de brilho. Temos de insistir na solidez, é o mais importante no futebol. Fomos contundentes em termos defensivos mas o mais importante foram os três pontos. Foi importante aquele golo de livre, depois de ter treinador muito saem bem. O Sergio [Ramos] é o líder da equipa, o nosso capitão e marca sempre o caminho. Arbitragens? O Sergio já respondeu, não me vou meter nessas coisas porque já tenho muito para fazer. Aquilo que quero agora é que a equipa descanse bem”, comentou no final o técnico do Real , Zinedine Zidane.

Entre filmes que uns fazem e outros tentam não ver, o ator principal acabou ainda assim por ser um nome que se começava a ouvir cada vez mais na Liga espanhola e que fez esta quarta-feira a sua história: Luka Romero, ou Messi mexicano, médio ofensivo mexicano de apenas 15 anos, teve a sua estreia no Campeonato entrando aos 82 minutos e tornou-se o mais novo de sempre a jogar na principal Liga do país. Em Espanha desde os três anos, passando da Andaluzia para as Ilhas Baleares com sete, Romero, que é internacional pela Argentina nas camadas jovens, é a grande pérola do clube e assinou contrato até 2023 quando tinha apenas dez anos (e esteve à experiência no Barcelona), tendo marcado 230 golos em 108 jogos nas primeiras quatro épocas no Maiorca. Agora, com uma autorização especial por causa da idade por parte da Liga, começou uma nova era.