Esta sexta-feira, dia 26 de junho, o jornal desportivo espanhol As aproveitava o 11.º aniversário da confirmação da ida de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid para fazer um resumo dos números do jogador português em Espanha. Há 11 anos, em 2009, os merengues anunciaram oficialmente a contratação de Ronaldo ao Manchester United a troco de 94 milhões de euros, a transferência mais cara de sempre à altura, e nos nove anos seguintes o capitão da Seleção Nacional acumulou recordes e dados históricos.

À cabeça, a consistência. A primeira temporada de Cristiano Ronaldo no Real Madrid foi a única que o jogador português passou no clube espanhol em que não chegou aos 40 golos, ficando-se pelos 33. Depois, os históricos 17 golos marcados na Liga dos Campeões de 2013/14, que acabou com a vitória do Real Madrid, que são ainda um recorde absoluto na principal competição europeia. Por fim, e no número mais óbvio, o facto de se ter tornado o melhor goleador da história dos merengues, superando nomes como Raúl, Puskás e Di Stéfano ao registar 450 golos em todas as competições ao longo de nove temporadas.

Ronaldo nunca falha duas vezes: penálti marcado, um golo por cada 67.5 minutos em 2020 e o regresso às vitórias da Juventus

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Cristiano Ronaldo deixou Madrid e o Santiago Bernabéu no verão de 2018, depois do Mundial da Rússia, mas os espanhóis ainda não o esqueceram. E em Itália, ao serviço da Juventus, o jogador português continua a acumular mais dados e números para que também ninguém o olvide. No último jogo, uma vitória contra o Bolonha, o golo que marcou tornou-o o melhor marcador português de sempre na Serie A, ultrapassando Rui Costa — para além de que essa foi uma jornada particularmente positiva para a Juventus, que viu a Lazio perder e o Inter Milão empatar e cavou mais uns centímetros de distância a cada um na liderança da tabela.

Esta sexta-feira, a Juventus recebia o Lecce, equipa que ainda luta para não descer à Serie B, e os jornais italianos garantiam que Maurizio Sarri ia aproveitar para deixar Cristiano Ronaldo descansar, já que o jogador português ainda procura o melhor momento de forma depois de um paragem de três meses. Mas quase para contrariar, e numa semana em que muito se falou sobre a quase certa troca de jogadores entre Juventus e Barcelona — Pjanic para a Catalunha, Arthur para Turim –, Sarri colocou mesmo o capitão da Seleção Nacional a titular e completou o trio de ataque com Dybala e Bernardeschi.

Na primeira parte, e mesmo com o Lecce reduzido a dez elementos a partir da meia-hora, graças à expulsão do central Lucioni, a Juventus não conseguiu controlar por completo a partida e até permitiu muita posse de bola ao adversário. Ronaldo ficou perto de abrir o marcador, num lance onde desperdiçou de cabeça um golo praticamente certo (41′), mas a equipa de Sarri foi mesmo para o intervalo ainda igualada a zero.

Já no segundo tempo, Sarri não esperou muito até mexer na equipa, trocando Rabiot por Douglas Costa, e também não precisou de esperar mais até ver a obra de arte desenhada por Dybala. A Juventus aproveitou um mau passe do Lecce em zona proibida, Ronaldo serviu o argentino à entrada da grande área e Dybala, com um remate delicioso, bateu finalmente Gabriel (53′). Cerca de dez minutos depois, Cristiano Ronaldo foi tombado em falta na grande área e assumiu, naturalmente, a conversão da grande penalidade, aumentando a vantagem para a Juventus (62′). Com este golo, o jogador português marcou a uma de duas equipas a quem nunca tinha marcado na Serie A e juntou o 20.º cromo a uma caderneta de 21. Até ao fim, Higuaín ainda foi a tempo de também marcar, com mais uma assistência de Ronaldo (83′), e De Ligt fechou as contas com um bom cabeceamento (85′).

Com esta goleada inequívoca perante o Lecce — num jogo que, e principalmente na segunda parte, acabou por não obrigar a um enorme esforço físico –, a Juventus fica agora provisoriamente com mais sete pontos do que a Lazio e à espera de ver o que faz a equipa de Roma, este sábado, contra a Fiorentina. O que, traduzido por palavras mais simples, significa que o nono Scudetto consecutivo da Vecchia Signora está cada vez mais próximo.