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O pé esquerdo de Marcus salvou o dia negro de Ivo (a crónica do V. Guimarães-V. Setúbal)

Este artigo tem mais de 3 anos

Num dia em que Ivo Vieira viu áudios menos abonatórios serem tornados públicos, acabou por ser o talento de Marcus Edwards a abrir a primeira vitória do V. Guimarães na retoma, contra o V. Setúbal.

O jovem inglês abriu o marcador ainda na primeira parte, na sequência de um lance individual
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O jovem inglês abriu o marcador ainda na primeira parte, na sequência de um lance individual

Miguel Pereira

O jovem inglês abriu o marcador ainda na primeira parte, na sequência de um lance individual

Miguel Pereira

Era uma tarde em que a vitória tinha um caráter de importância ainda maior. Esta terça-feira, o V. Guimarães recebia o V. Setúbal depois de uma manhã marcada por um escândalo que rebentou no cerne da equipa e que terá sequência judicial. Tudo começou com um áudio que tem circulado no WhatsApp e que tem Ivo Vieira, treinador minhoto, como protagonista.

De acordo com o jornal Record, o áudio foi gravado sem o conhecimento do treinador e durante uma conversa privada entre Ivo Vieira e alguns adeptos do V. Guimarães que decidiram confrontá-lo à porta de casa na sequência da derrota com o Sp. Braga. Na troca de ideias, o técnico terá criticado o plantel e feito outro tipo de acusações que, obviamente, não terão caído bem entre os jogadores — principalmente numa altura em que a equipa atravessa uma fase complicada, com quatro jogos seguidos sem ganhar.

Em comunicado, o V. Guimarães confirmou que Ivo Vieira vai apresentar uma queixa judicial contra terceiros, visando os autores da gravação não autorizada, e que o clube se vai constituir assistente no processo e abrir ainda uma averiguação interna. Era neste contexto, em que críticas duras do treinador aos próprios jogadores foram tornadas públicas, que os vimaranenses entravam esta terça-feira em campo contra o V. Setúbal. Ainda assim, as notícias que chegavam de outras paragens acabavam por ser animadoras: minutos antes do apito inicial em Guimarães, o Famalicão perdeu com o Portimonense, o que significava que uma vitória da equipa de Ivo Vieira podia motivar o encurtar de distâncias para os minhotos e o relançar da corrida pelas competições europeias.

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Do outro lado, estava um V. Setúbal que também não atravessa um bom período — sem ganhar desde o final de janeiro e com duas derrotas e dois empates na retoma — e que tinha precisamente a opinião contrária sobre o jogo de Famalicão. A vitória do Portimonense, que está ainda em zona de despromoção, deixou os algarvios a três pontos dos sadinos, sendo que as duas equipas já não se vão encontrar até ao final da temporada. A equipa de Julio Velázquez precisava por isso de sair de Guimarães com pontos para amenizar os efeitos da vitória do Portimonense e continuar a lutar pela permanência na Primeira Liga.

A história do jogo começou logo ao terceiro minuto, quando Sílvio carregou André André em falta no interior da grande área do V. Setúbal. Grande penalidade assinalada sem grande espaço para dúvidas, o próprio André André a assumir a conversão mas, na sequência do remate, o capitão vimaranense nem sequer acertou na baliza e falhou a primeira grande oportunidade da partida. Ainda assim, e apesar do revés logo nos minutos iniciais, a verdade é que o V. Guimarães não deu mostras de ter ficado psicologicamente afetado e passou a primeira parte completamente por cima do jogo, ainda que sem conseguir criar muitas ocasiões de golo. Os sadinos pouco ou nada conseguiram construir durante o primeiro tempo e só seguraram o nulo no marcador até à meia-hora, altura em que Marcus Edwards mostrou o porquê de o Tottenham estar a equacionar resgatá-lo novamente aos minhotos.

Depois de uma recuperação de bola na zona do meio-campo, Edwards avançou tombado na direita, tirou dois adversários do caminho, deixou Jubal pregado ao chão com o pé direito e rematou de pé esquerdo, sem qualquer hipótese para Lucas Paes (29′). Velázquez reagiu ao golo sofrido com uma substituição muito prematura, ao trocar Carlinhos por Nuno Valente, mas o V. Setúbal não conseguiu esboçar qualquer resposta à desvantagem e foi para o intervalo a perder.

No início da segunda parte, Ivo Vieira trocou Pêpê por Poha e o V. Setúbal deu mostras de querer subir os setores e ainda ter uma palavra a dizer quanto ao resultado final da partida. O jogo perdeu algum ritmo e intensidade depois do intervalo, com o V. Guimarães a procurar baixar a velocidade das dinâmicas para conseguir controlar as ocorrências sem precisar de exercer grandes esforços físicos, e ofereceu a iniciativa ao adversário. A ideia era simples: manter uma pressão mediana, jogar no erro do V. Setúbal e a aproveitar a explosão de Marcus Edwards e Davidson (que entretanto entrou para o lugar de Ola John) na hora de explorar as transições ofensivas.

As esperanças sadinas ficaram mais reduzidas a cerca de 20 minutos do apito final, quando Leandrinho viu cartão vermelho direto na sequência de uma entrada muito dura sobre André André, o V. Guimarães ainda foi a tempo de aumentar a vantagem através de um contra-ataque, por intermédio de Ouattara (83′), e a equipa de Setúbal terminou mesmo com oito elementos, depois de entradas duras e inexplicáveis de Guedes e Sílvio. Sem uma exibição de encher o olho e num dia muito complicado para os vimaranenses, na sequência das gravações de Ivo Vieira que foram tornadas públicas, o V. Guimarães acabou por conseguir garantir a primeira vitória da retoma e aproveitar o deslize do Famalicão, colocando-se agora a dois pontos do quinto lugar.

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