Os representantes dos órgãos de soberania de São Tomé e Príncipe concluíram esta quarta-feira que tem “havido progressos” no combate à pandemia de Covid-19 no país, alertando, contudo, para o “escrupuloso respeito pelas regras sanitárias”.

Nos últimos dias o país tem registado apenas um caso diário positivo do novo coronavírus, estando o total acumulado até esta quarta-feira em 715 infetados, dos quais 13 mortos, e 252 pessoas recuperadas.

Na reunião dos órgãos de soberania, a sétima do género, para avaliar os primeiros 15 dias e o início da segunda fase do estado de calamidade pública decretado pelo Governo, as partes concluíram que o país ainda está “numa fase de aprendizagem”.

É um processo continuo e é preciso aprimorarmos para melhorar a performance para o futuro”, afirmou uma fonte oficial.

O porta-voz do encontro, Adelino Lucas, sublinhou que a reunião contou com a presença de presidentes das câmaras e um epidemiologista cubano, que “fez a radiografia” da situação da pandemia de Covid-19 no arquipélago.

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De acordo com o porta-voz governamental, o médico cubano deixou sugestões de que, nesta segunda fase da calamidade pública, que se inicia esta quarta-feira, “os cuidados deverão ser redobrados para o respeito das regras decretadas pelo Governo”.

Uma das maiores preocupações analisadas no encontro foi a realização de funerais, onde se têm verificado concentrações de familiares, incluindo de vítimas de Covid-19.

Por isso, foi recomendado “uma concertação direta entre as câmaras distritais e o Governo central, particularmente através dos ministérios das Finanças e do Trabalho, para que os funerais das vítimas de Covid-19 sejam assumidos na plenitude pelo Estado”, afirmou Adelino Lucas.

O responsável referiu ainda que o encontro discutiu igualmente o futuro do país, pós pandemia de Covid-19, entendendo-se como necessária “a retoma da vida normal e a recuperação da economia”.

Nesse âmbito, o Governo foi “orientado” pelos membros dos órgãos de soberania a “dar uma atenção particular nos aspetos que visam a recuperação económica do país, ao setor privado e ao empresariado nacional”, no orçamento retificativo que será brevemente apresentado ao parlamento.

A segunda fase da calamidade pública inicia-se esta quarta-feira, por um período de 15 dias.

Nesta segunda fase, o Governo autoriza a abertura do espaço aéreo para voos comerciais provenientes dos Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a retoma do horário normal da função pública, autorização da visita aos doentes internados nos hospitais e a abertura dos estabelecimentos hoteleiros, bem como o funcionamento do comércio.