A Agência Portuguesa do Ambiente anunciou esta sexta-feira a conclusão da reconstrução do canal condutor do Mondego, em Santo Varão, investimento de 1,6 milhões de euros e confirmou novas intervenções no valor de 12 milhões, até 2023.
Esta zona foi das mais afetadas pelas cheias de 2019, que provocaram a inundação dos campos do Vale Central do Baixo Mondego, corte de vias de comunicação e inundação de algumas povoações, para além de vários danos nas infraestruturas de contenção das margens.
Junto à povoação de Santo Varão, Montemor-o-Velho, registou-se mesmo uma rotura do dique e canal condutor geral da margem direita do leito central do rio Mondego, com cerca de 150 metros de extensão.
A reconstrução começou em março, no âmbito do Plano de Aproveitamento Hidráulico do Mondego, designado por “Mondego Mais Seguro”, objeto de resolução do Conselho de Ministros.
A reconstrução do dique e canal condutor geral, no valor total de cerca de Euro 1.600.000, foi concluída em 03 de julho e restabelecida a circulação plena de água, ainda a tempo de assegurar o pleno abastecimento de água aos campos agrícolas do Baixo Mondego durante o verão”, anunciou a APA, que destaca o empenho dos trabalhadores.
A APA sublinha que a empreitada foi bem-sucedida, “apesar de inúmeras dificuldades imprevistas, nomeadamente a crise da pandemia Covid-19, períodos de chuva durante vários dias (impossibilitando a execução dos aterros com argilas) e algumas complicações na cravação das estacas prancha, devido à existência de material pétreo na constituição do terreno de fundação, que terá sido arrastado pela cheia aquando da ocorrência da rotura”.
A APA relembra ainda que no âmbito da resolução do Conselho de Ministros desta semana foram aprovadas pelo POSEUR 2 candidaturas a cofinanciamento de fundos comunitários apresentadas pela APA.
Uma referente à ‘Regularização do rio Pranto’ e outra a quatro intervenções do Plano Mondego Mais Seguro, nomeadamente a reabilitação do leito e dos diques da margem esquerda do leito periférico direito, a estrutura de derivação de água dos campos do vale central do Mondego para o leito periférico direito, a estrutura de comportas da Maria da Mata e a estrutura terminal de drenagem em Lares, no valor total de 12 milhões de euros”, confirma a APA.