A Associação Portuguesa de Mutualidades (APM-RedeMut) expressou esta sexta-feira desagrado com o Orçamento Suplementar, por entender que o setor da economia social “fica relegado para um plano secundário”.

Este Orçamento, mais uma vez, peca pela ausência de um verdadeiro plano de relançamento da atividade das entidades da economia social, realidade, aliás, que nem sequer é referida no PEES – Programa de Estabilização Económica e Social”, lamenta, num comunicado, a entidade que representa 24 associações mutualistas.

A APM-RedeMut considera urgente traçar um programa “sério e devidamente estruturado” para as instituições na área da economia social enquanto setor, que “não consista apenas num conjunto de medidas avulsas, desalinhadas, destinadas sobretudo ao reforço da ação social”.

A associação pede a criação de “um quadro global e articulado de apoios para este setor, que viu os seus custos operacionais aumentarem significativamente com a implementação dos planos de contingência e reduzida a capacidade de comparticipação dos associados e utentes, por força da perda de rendimentos”.

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A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira, em votação final global, a proposta de Orçamento Suplementar do Governo, que se destina a responder às consequências económicas e sociais provocadas pela pandemia da Covid-19.

A proposta foi aprovada apenas com os votos favoráveis do PS, a abstenção do PSD, BE e PAN e os votos contra do PCP, CDS-PP, PEV, Iniciativa Liberal e Chega.

A deputada não inscrita Cristina Rodrigues (ex-PAN) absteve-se e Joacine Katar Moreira (ex-Livre) estava ausente no momento da votação.

A proposta prevê uma queda do produto de 6,9% e necessidades de financiamento extra na ordem dos 13 mil milhões de euros.

A APM-RedeMut resulta da iniciativa de um conjunto de associações mutualistas portuguesas, que “uniram esforços em torno do objetivo comum de prestar cuidados de saúde aos seus associados”.

A ação está orientada para o acesso a cuidados de saúde e de apoio social “a preços mutualistas”.