Cerca de 40 concelhos de oito distritos do interior norte e centro e Algarve apresentam esta segunda-feira um risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Em risco máximo de incêndio estão cerca de 40 concelhos de Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.

O IPMA colocou também risco muito elevado e elevado de incêndio vários concelhos de todos os distritos (18) de Portugal continental.

Segundo o IPMA, pelo menos até ao final da semana vai manter-se o risco de incêndio máximo e muito elevado em vários concelhos do continente por causa do tempo quente.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo.

Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Por causa do tempo quente, o IPMA colocou sob aviso laranja os distritos de Braga, Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja até às 21h desta segunda-feira.

Os distritos de Viana do Castelo, Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal e Faro vão estar sob aviso amarelo até às 21h desta segunda-feira também devido à persistência de valores elevados das temperaturas máximas.

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O aviso laranja indica situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

De acordo com o IPMA, a “situação de tempo seco e quente” deverá manter-se até meados da semana, prevendo-se “uma ligeira descida de temperatura na terça-feira”.

As temperaturas máximas durante este período podem variar entre os 34 e os 39 graus Celsius nas regiões do interior.

Em alguns locais, como por exemplo no nordeste transmontano, vale do Douro, vale do Tejo e no interior do Alentejo os valores da temperatura máxima podem aproximar-se de 40 e os 42 graus, segundo o IPMA.

Junto à faixa costeira, as temperaturas máximas terão valores ligeiramente inferiores, entre os 28 e 30.

De acordo com o instituto, esta subida de temperatura deve-se à deslocação “de uma massa de ar quente e seco proveniente do norte de África, associada a um fluxo de leste sobre a Península Ibérica na circulação do anticiclone localizado na região dos Açores, que se estende em crista até ao Golfo da Biscaia, e de uma depressão centrada a sul da península”.

Por causa das elevadas temperaturas, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu um aviso à população para o perigo de incêndio rural.

Em comunicado, a ANEPC sublinha que face a estas previsões, é proibido fazer queimadas extensivas sem autorização, fazer queima de amontoados, utilizar fogareiros ou grelhadores em todo o espaço rural, salvo se usados fora de zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito, e fumar ou fazer lume nos espaços florestais.