Cerca de 12.400 espectadores foram ao cinema em junho, o mês em que as salas puderam reabrir em tempo de pandemia, o que representa 1% da assistência registada em junho de 2019, foi esta quarta-feira anunciado.

Os dados são do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), que retomou a divulgação mensal de informação estatística sobre exibição comercial, uma vez que as salas de cinema puderam reabrir a 1 de junho, depois de mais de três meses de encerramento forçado por causa da Covid-19.

Segundo o ICA, em junho foram contabilizados 12.403 espectadores e 56.430 euros de bilheteira nas salas de cinema que foram reabrindo gradualmente em todo o país, o que representa uma quebra de 99% tanto em assistência como em receitas face a junho de 2019.

Em junho de 2019, os cinemas tiveram cerca de um 1,1 milhões de espectadores e 5,8 milhões de euros de receita de bilheteira.

O encerramento das salas de cinema em meados de março teve, assim, um impacto significativo nas estatísticas do semestre de 2020, com quebras de cerca de 62% tanto em espectadores como em bilheteira, comparando com o primeiro semestre de 2019.

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Assim, segundo o ICA, entre janeiro e junho deste ano, as salas de cinema registaram 13,8 milhões de euros de bilheteira e 2,5 milhões de espectadores, quando no mesmo período de 2019 tinham sido 35,7 milhões de euros de receita e 6,7 milhões de bilhetes vendidos.

O filme mais visto no semestre foi “1917”, de Sam Mendes, com 329 mil espectadores, mas em junho o que obteve maior audiência foi “Retrato de uma rapariga em chamas”, de Céline Sciamma, ultrapassando os 2.700 espectadores.

O filme português mais visto no primeiro semestre foi “O filme do Bruno Aleixo”, de João Moreira e Pedro Santo, com cerca de 23.900 espectadores.

De acordo com o ICA, a NOS Cinemas, a maior exibidora do mercado nacional, com 219 salas, obteve este ano 1,5 milhões de espectadores e 8,4 milhões de euros de receita de bilheteira, ou seja, menos 62% do que no primeiro semestre de 2019.

Entre janeiro e junho deste ano, o ICA regista a existência de 540 salas em 135 espaços ou complexos, totalizando 100.609 lugares.

Apesar de o plano de desconfinamento do Governo ter permitido a abertura de salas de espetáculos, teatros e cinemas a 1 de junho, apenas algumas salas, em particular de exibidoras mais pequenas e independentes, reabriram nessa data.

A título de exemplo, os cinemas Ideal e Nimas, em Lisboa, e Trindade, no Porto, reabriram a 01 de junho e a NOS Cinemas e a NLC – Cinema City (46 salas) reabriram a 02 de julho.