Nos últimos cinco anos foram entregues 80.514 armas à PSP pela parte de cidadãos, que as tinham em casa sem licença. Esta é a maior fatia das 137.159 armas de fogo destruídas desde 2015 pela PSP, segundo números obtidos pelo Jornal de Notícias.

Àquele total de armas destruídas juntar-se-ão ainda outras 17 mil, que foram transportadas para a esquadra da PSP da Belavista, no Porto, com o fim de serem fiscalizadas e de seguida destruídas no local já esta sexta-feira.

Apesar de a lei que indica que podem ser multados os cidadãos que tenham armas sem licença em casa (independentemente de lhes darem uso ou não) ter sido adotada em 2006, o Jornal de Notícias dá conta de uma subida considerável do número de entrega de armas desde 2015 até junho deste ano. Ao todo, foram devolvidas 80.514 armas desde 2015, sendo que cerca de 77 mil serão armas de fogo — em muitos casos, espingardas de caça ou pistolas que foram herdadas, algumas das quais estão até inoperáveis.

De 2015 a esta parte, o número de armas entregues pelos cidadãos aumentou de ano para ano — a com a exceção de 2020, ano marcado pela pandemia e cujos números foram contabilizados até junho. Em 2015 foram entregues 5.547 armas nestas condições, número que quase duplicou para 2016 (10.596). Em 2017 e 2018 os números subiram para valore semelhantes (18.231 e 18.412, respetivamente) e em 2020 ascenderam aos 21.440.

As 80.514 armas entregues por cidadãos desde 2015 formam a maior fatia do total de 137.159 armas de fogo destruídas desde então. A estas, ainda de acordo com os números que a PSP entregou ao Jornal de Notícias, juntam-se também 34.140 armas apreendidas e 1.802 achadas.

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