A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) manifestou-se esta sexta-feira contra a nomeação de generais do exército para o cargo de comandante-geral da GNR, mas espera que o novo titular tenha “uma atitude diferente” do anterior.

O tenente-general Rui Manuel Carlos Clero é o novo comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, anunciou esta sexta-feira o Ministério da Administração Interna.

Rui Manuel Carlos Clero, que era 2.º comandante-geral da GNR desde novembro de 2018, substitui no cargo o tenente-general Luís Botelho Miguel, que atingiu o tempo limite no posto (10 anos), definido pelo estatuto militar.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da APG/GNR, César Nogueira, vincou a posição da associação que é contra a nomeação dos generais do exército, considerando que a GNR tem oficiais que podem ocupar o cargo de comandante-geral.

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“Rui Clero é atualmente o segundo comandante e conhece bem os problemas da GNR. Esperamos que venha com uma atitude diferente do anterior”, disse César Nogueira à rádio Observador, contestando o mandato do Luís Botelho Miguel.

Segundo o presidente da APG/GNR à Lusa, Luís Botelho Miguel só recebeu as associações socioprofissionais “por mero formalismo” e “teve uma má prestação” enquanto comandante-geral da GNR.

César Nogueira sublinhou que o novo comandante-geral da GNR tem “conhecimento e é um estratega” e relembrou que há uma série de questões que “necessitam de resolução urgente”, muitas das quais “agravadas” com Luís Botelho Miguel.

Entre os problemas por resolver, o presidente da APG/GNR destacou as promoções e as colocações dos militares dos postos e várias especialidades.