O deputado do Bloco de Esquerda (BE) Moisés Ferreira defendeu esta segunda-feira, em Viana do Castelo, a contratação de profissionais de saúde para o serviço de imagiologia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, concessionado desde 2004.

O Bloco de Esquerda vai endereçar ao Ministério da Saúde uma proposta de contratação imediata de médicos radiologistas que já disseram à administração da ULSAM que têm disponibilidade para serem contratados, e também proporemos a contratação dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica que, neste momento, estão subcontratados pela empresa que tem a concessão do serviço”, afirmou esta segunda-feira à agência Lusa Moisés Ferreira.

Contactado pela Lusa, no final de uma reunião que manteve esta segunda-feira com a administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), o deputado do Bloco disse que “pelo menos cinco médicos radiologistas poderão integrar o serviço, sendo que três já escreveram à administração daquela estrutura a manifestar disponibilizada de contratação”.

Sobre os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica que atualmente trabalham para a empresa que detém a concessão daquele serviço, Moisés Ferreira disse que “ganham muito mal porque a empresa paga muito abaixo do valor pago pelo SNS e que ainda levam menos rendimento para casa porque são recibos verdes”.

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Neste momento existem três médicos radiologistas que já manifestaram à administração da ULSAM a disponibilidade para serem contratados e aumentar o mapa de pessoal, e aumentar a capacidade do SNS nesta área. O que falta é que o Ministério da Saúde autorize essa contratação definitiva. Se estas duas coisas, a contratação de médicos e técnicos superiores acontecerem, a ULSAM ficará com capacidade para fazer esses exames. Pode internalizar, de uma vez por todas, esta resposta em vez de andar a concessionar a empresas exteriores que fazem muito mais caro e fazem pior serviço”, sustentou.

Moisés Ferreira adiantou que “o Bloco de Esquerda tem defendido insistentemente que este e outros meios complementares de diagnóstico e terapêutica devem ser internalizados no SNS a prestar estes serviços”.

Não faz sentido que estes serviços estejam concessionados a privados e que custam ao SNS, por ano, mais de 400 milhões de euros. Temos a total certeza de que se eles forem prestados diretamente pelo SNS custarão muito menos. É uma questão de sustentabilidade do próprio SNS”, disse.

A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas, contando com 2.500 profissionais, entre os quais 501 médicos e 892 enfermeiros.