O Ministério da Educação de Moçambique vai distribuir gratuitamente máscaras e suspender disciplinas que exijam contacto entre os alunos no regresso faseado às aulas, agendado para 27 de julho, disse à Lusa fonte oficial.

As máscaras serão adquiridas pelas escolas, através de um fundo de apoio canalizado pelo governo central para que as instituições criem condições para o regresso seguro dos alunos às aulas face à Covid-19, disse esta segunda-feira à Lusa a porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Gina Guibunda.

O processo de criação de condições nas escolas está avançado e, a partir da próxima semana, equipas lideradas pelo Ministério da Saúde estarão no terreno para avaliar as condições das instituições”, disse Gina Guibunda.

Além da distribuição de máscaras e da criação de condições de higiene, para reduzir os riscos de contaminação, o Ministério da Educação em Moçambique vai suspender disciplinas que podem aumentar o risco de eventual contágio face à Covid-19, como é o caso de Educação Física, Artes Cénicas e Agropecuária. “É tudo na perspetiva de garantir um regresso seguros dos alunos”, frisou a porta-voz.

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As escolas moçambicanas, que estão encerradas desde 1 de abril no âmbito do estado de emergência decretado pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, vão ser reabertas faseadamente, começando pela 12.ª classe, no secundário, e os institutos de formação de professores.

No ensino público, Moçambique conta com um total de 13.337 escolas primárias e 677 escolas secundárias, segundo dados oficiais.

No total, o governo moçambicano espera gastar 3,5 mil milhões de meticais (44 milhões de euros) na reorganização das escolas, valor que, entre outras coisas, será gasto na reposição de sistemas de abastecimento de água e saneamento nas escolas, internatos e centros de formação.