A Associação Nacional de Estudantes de Química sugere que no próximo ano letivo as aulas teóricas sejam à distância e as práticas presenciais, com desdobramento de turmas, e que a avaliação seja também diferenciada.

A sugestão faz parte de uma carta aberta aos dirigentes das faculdades e departamentos com cursos na área da química, esta segunda-feira divulgada pela associação, na qual se explica que a proposta tem como base um inquérito junto dos estudantes, e como razão de ser a pandemia do novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19.

A associação explica que foi destacada a importância da componente prática dos cursos de química e de essas aulas serem presenciais, com as aulas teóricas podendo ser não presenciais. Da mesma forma, as avaliações orais (apresentação e defesa) devem ser não presenciais e as avaliações escritas presenciais.

Segundo a associação, do inquérito resultou que muitos estudantes salientaram que são essenciais aulas práticas, queixaram-se de que a velocidade da internet nem sempre é a melhor, e defenderam a melhoria dos métodos de avaliação não presencial, considerando (quase metade) que são pouco fiáveis ou impraticáveis.

A maioria dos estudantes (69%) defendeu que as aulas teóricas devem ser à distância, com quase a mesma percentagem a defender as aulas práticas presenciais,  segundo a carta aberta, na qual se alerta também que grande percentagem dos estudantes estão deslocados pelo que se devem rever os períodos de aulas práticas.

A associação defende uma “solução alternativa” para as aulas práticas, para que os estudantes deslocados não tenham de suportar um alojamento a tempo inteiro.

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