O Movimento pela Autonomia da Escola de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) disse esta segunda-feira que o processo de reestruturação do Politécnico de Castelo Branco “é injusto” e que implica a perda da sede da escola e a sua autonomia.

“Continuamos sem perceber de que forma é que este cenário contribui para o desenvolvimento do IPCB (Instituto Politécnico de castelo Branco) ou o porquê de ficarem as quatro escolas com sede em Castelo Branco”, refere, em comunicado enviado à agência Lusa, o Movimento pela Autonomia da ESGIN.

O Movimento adianta que o cenário aprovado pelo Conselho Geral do IPCB no âmbito da reestruturação organizacional da instituição “é desequilibrado e injusto, na medida em que implica a perda da sede da ESGIN em Idanha-a-Nova, bem como a sua autonomia administrativa, pedagógica e científica“.

O Conselho Geral do IPCB decidiu, recentemente, que a instituição deve proceder à reestruturação organizacional que prevê que as atuais seis escolas deem origem a quatro novos estabelecimentos de ensino.

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“A proposta colocada a votação mereceu o voto favorável de 18 dos 25 conselheiros que compõem o órgão, garantindo a obrigatoriedade de obtenção da concordância de dois terços dos conselheiros”, explicou o IPCB, na ocasião.

Esta proposta de reestruturação apresentada pelo presidente do IPCB, António Fernandes, e discutida no Conselho Geral, correspondente ao Cenário A, visa a constituição de nove departamentos transversais a toda a instituição e a associação dos mesmos em quatro novas unidades orgânicas.

“É evidente que ninguém se atreve a dizer ou a assumir que a escola de Idanha vai fechar, apenas se fala que perde a sede. Ora, se a escola perder a sua sede está condenada a acabar a médio prazo. Percebemos que este cenário prejudica Idanha-a-Nova e que não respeita os idanhenses que há 29 anos acolheram a ESGIN”, sustenta o movimento.

O Movimento pela Autonomia da ESGIN é composto por um conjunto de nove cidadãos idanhenses e define-se como um movimento cívico, apartidário e independente.

O seu objetivo é lutar pela manutenção da sede da ESGIN em Idanha-a-Nova, bem como pela manutenção da sua autonomia administrativa, pedagógica e científica.

Em fevereiro, entregou na Assembleia da República uma petição pública com 5.603 assinaturas em defesa da ESGIN e da sua da autonomia, colocada em causa pela reorganização do Politécnico de Castelo Branco.

A Câmara de Idanha-a-Nova já anunciou que vai interpor uma providência cautelar contra o IPCB para travar o processo de reestruturação organizacional da instituição aprovado pelo Conselho Geral.