O dia da Bastilha vai ser celebrado, esta terça-feira, sem o tradicional desfile militar nos Campos Elísios. Será a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial. O desfile será substituído por uma cerimónia estática de homenagem ao pessoal hospitalar e uma entrevista do Presidente francês, Emmanuel Macron.

Apesar de a festa nacional francesa ter sido modificada na sua versão oficial, na noite de segunda-feira uma festa informal decorreu ao lado do quartel de bombeiros no Point Éphémère. Os Bals des Pompiers — em homenagem aos bombeiros — costumam marcar o início das comemorações do dia da Bastilha, em Paris, com a abertura dos quartéis para albergar festas pela noite dentro. Este ano os festejos tinham sido cancelados, o que não impediu as pessoas de comemorarem à sua maneira.

A cerimónia oficial do dia da Bastilha acontece na Praça Concorde e conta com cerca de 1.800 participantes entre as Forças Armadas (normalmente o desfile reúne cerca de 4.000) e 2.500 convidados nas bancadas. Ao contrário do tradicional desfile, será fechada ao público devido à pandemia e várias estações de metro e ruas vão ser interditas na capital para evitar aglomerações.

Os principais homenageados neste 14 de julho vão ser os militares que ajudaram nas diversas operações de hospitais de campanha e transferência de doentes com o vírus entre hospitais e a primeira linha, ou seja, todo o pessoal hospitalar que ajudou a combater a doença no país. Os quatro países convidados este ano são a Alemanha, a Suíça, a Áustria e o Luxemburgo, os países que acolheram pacientes franceses em estado grave quando muitos hospitais em França atingiram o nível de saturação devido à pandemia.

O Presidente Emmanuel Macron vai dar a sua primeira entrevista do 14 de julho, dia da festa nacional, recuperando a tradição de presidentes precedentes.

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