O Festival Semibreve, dedicado à música eletrónica e arte sonora, reformulou a edição deste ano por causa da covid-19, e contará em outubro com programação sobretudo ‘online’ e com algumas atuações no Mosteiro de Tibães, em Braga.

De acordo com a organização, o que estava preparado para este ano foi adiado para 2021, tendo sido desenhado agora um programa “que parte da ideia de reclusão” e que foi “pensado para ser fruído à distância” nos dias 24 e 25 de outubro.

Na página oficial do Semibreve estarão disponíveis em outubro obras sonoras inéditas criadas a convite do festival por “alguns dos mais estimulantes artistas” da atualidade, entre os quais Ana da Silva, das Raincoats, a veterana compositora argentina Beatriz Ferreyra e o guitarrista norte-americano Jim O’Rourke.

As obras deles, e também de Jessica Ekomane, Kara-Lis Coverdale, Keith Fullerton Whitman e Tyondai Braxton, estarão em formato instalação no Mosteiro de São Martinho de Tibães.

É na Casa do Volfrâmio, na mata daquele mosteiro, que acontecerão, sem público e com transmissão ‘online’, atuações de cinco artistas convidados pelo Semibreve a realizarem residências artísticas em Braga: Pedro Maia, Klara Lewis, Laurel Halo, Nik Void e Oliver Coates.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“A partir das restrições impostas pela pandemia”, o Festival Semibreve apresentará ainda conversas “abertas a um número restrito de público no Mosteiro de Tibães” e que versam sobre a criação contemporânea nas áreas da música eletrónica, experimental e arte sonora.

Os artistas Chris Watson e David Toop, os curadores Nuno Crespo e Margarida Mendes, a investigadora Raquel Castro e o programador Pedro Santos são alguns dos convidados destas conversas.

Segundo a organização, quem já tinha comprado o passe geral para a edição deste ano poderá “optar por transitá-lo para a edição de 2021 ou requerer a sua devolução”.