O presidente da Comissão Executiva da ANA — Aeroportos de Portugal defendeu esta quinta-feira que a crise potenciada pela pandemia de Covid-19, que paralisou o setor da aviação, “não retira qualquer relevância” ao aeroporto do Montijo, no distrito de Setúbal.

O projeto entrou agora numa fase de execução. A crise mundial […] não retira qualquer relevância ao aeroporto do Montijo”, notou Thierry Ligonnière, durante uma audição parlamentar na comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território.

Conforme defendeu, os critérios que levaram à necessidade de um novo aeroporto para a região de Lisboa mantêm-se, nomeadamente, a urgência.

Na sua intervenção inicial, Ligonnière afirmou que, em 2019, o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, já não tinha possibilidade de gerar efeitos positivos para a economia nacional e, consequentemente, criar emprego.

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Assim, no atual contexto, “torna-se ainda mais importante para mitigar os efeitos económicos de uma crise que se perspetiva muito grave”, vincou.

O presidente da Comissão Executiva da gestora aeroportuária lembrou ainda que as perspetivas da indústria apontam que o tráfego só vai atingir os níveis pré-Covid-19 em 2023.

As matemáticas são claras. Não podemos por o projeto em pausa. Temos que desenvolver o projeto o mais rápido possível”, apontou.

Em 8 de janeiro de 2019, a ANA e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.