Cinco meios aéreos, quatro pesados e um de coordenação, estão a combater um incêndio que começou às 00h57, em Poiares, Ponte de Lima, e passou na manhã desta quinta-feira para Carvoeiro, em Viana do Castelo, disse a proteção civil.

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo, contactada pela Lusa cerca das 10h30, adiantou que o fogo “tem uma frente ativa” e que, “para já, não há habitações em risco”. A mesma fonte adiantou que o fogo está a ser combatido por 76 bombeiros e 21 viaturas de várias corporações.

Às 10h47, a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) referia estarem no terreno 114 operacionais e 28 viaturas a combater as chamas.

Mais de uma centena de concelhos de 14 distritos de Portugal continental apresentam esta quinta-feira um risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Os termómetros podem chegar aos 41 graus. Calor põe oito distritos em alerta laranja devido ao elevado risco de incêndio

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Atualização às 12h59

Preparado plano para evacuação de aldeias em Ponte de Lima

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima disse esta quinta-feira ter sido preparado um plano para a eventual evacuação de aldeias situadas no percurso das três frentes ativas do incêndio, que teve início às 00h57 em Poiares.

Em declarações à Lusa, o comandante Carlos Lima disse que as três frentes ativas do incêndio localizam-se nas freguesias de Poiares e Vitorino de Piães, no concelho de Ponte de Lima, tendo chegado esta manhã à freguesia de Carvoeiro, no concelho de Viana do Castelo.

De acordo com a página da Internet da Proteção Civil, pelas 14h45 aquele incêndio estava a ser combatido por oito meios aéreos, para além de 131 homens e 39 viaturas.

Carlos Lima adiantou que o intenso calor que se faz sentir é o “principal obstáculo” ao trabalho dos bombeiros, notando que o plano de evacuação, feito em articulação com a GNR, está apenas planeado caso venha a ser necessário e não foi ainda implementado.

Apesar de algum vento, o principal obstáculo são as altas temperaturas”, explicou.
O responsável observou que o incêndio tinha, ao início da tarde, “três frentes ativas não dominadas” no concelho de Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo.

Em risco máximo estão mais de 100 concelhos dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Bragança, Viseu, Aveiro, Guarda, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro.

Na quarta-feira, fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse à Lusa que todos os distritos de Portugal continental estão em estado de alerta especial laranja, o segundo mais grave de uma escala de quatro, devido ao elevado risco de incêndio rural.

O estado de alerta especial laranja, que determina o reforço da monitorização e o grau de prontidão do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), significa que o grau de risco é elevado e que se está numa “situação de perigo, com condições para a ocorrência de fenómenos invulgares que podem causar danos a pessoas e bens, colocando em causa a sua segurança”.

Segundo a ANEPC, estão previstos para os próximos dias uma subida gradual da temperatura máxima, noites tropicais, baixa humidade relativa do ar e vento fraco a moderado.

No aviso à população, a ANEPC recorda que, até 30 setembro, é proibido fazer queimas e queimadas, usar fogareiros e grelhadores em todo o espaço rural, fumar ou fazer qualquer tipo de lume nos espaços florestais, lançar balões de mecha acesa e foguetes e fogo-de-artifício.

A Proteção Civil refere ainda que é proibido fumigar ou desinfestar apiários e usar motorroçadoras, corta-matos e destroçadores nos dias de risco máximo de incêndio.

Atualização às 15h19

Incêndio de Ponte de lima “está praticamente dominado”

O fogo chegou a ter três frentes ativas, lavra, neste momento apenas numa frente, segundo o vereador da Proteção Civil da Câmara de Ponte de Lima, Vasco Ferraz.

Na sequência do incêndio, dez pessoas foram retiradas das suas casas por precaução, ao início tarde, do Lugar de Carreiras, em Vitorino de Piães, Ponte de Lima.

Neste momento temos as equipas a fazer a extinção da última frente de fogo ativa. Está praticamente dominado. De qualquer das formas temos sempre muito receio, porque os finais de tarde são complicados”, declarou Vasco Ferraz.

Os meios terrestres têm sido reforçados ao longo do dia e vão permanecer no terreno. “Para já não conseguimos dizer qual a dimensão da área ardida. Podemos dizer que o incêndio deflagrou numa freguesia, já percorreu três e ultrapassou os limites do concelho de Ponte de Lima”, disse ainda.

Por volta das 16h30, combatiam as chamas oito meios aéreos, 168 operacionais em 52 veículos de oito corporações do distrito de Viana do Castelo, e de grupos de reforço de Lisboa e da Força Especial de Bombeiros.

Atualização às 16h50

Fogo dominado em Ponte de Lima

O incêndio que teve início às 00h57 em Poiares, no concelho de Ponte de Lima, foi dado como dominado cerca das 17h00, informou esta quinta-feira à Lusa o segundo comandante da proteção civil distrital, Paulo Barreiros.

Em declarações à agência Lusa, Paulo Barreiros explicou que as chamas “não causaram danos humanos nem materiais”, sendo que, “por precaução, cerca das 11h30, 10 pessoas, residentes no lugar de Carreiras, foram deslocadas das suas habitações, tendo regresso cerca de meia hora depois”.

Paulo Barreiros adiantou que “o calor intenso que se faz sentir foi a principal dificuldade que os bombeiros enfrentaram no combate ao fogo que se propagou de forma rápida e forte”.

O segundo Comandante Operacional Distrital da Proteção Civil (CODIS) de Viana do Castelo acrescentou “tratar-se do terceiro incêndio de grandes proporções a deflagrar em Ponte de Lima, durante a noite e madrugada”.

No local, segundo Paulo Barreiros, permanecem 137 operacionais e 53 viaturas.

Atualizado às 18h47