O porta-voz do Instituto Financeiro Internacional (IFI) disse esta quinta-feira à Lusa que nenhum país elegível para a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) pediu ainda qualquer alívio da dívida aos credores privados.

“Os resultados do inquérito que fizemos aos 200 membros de mais de 100 empresas financeiras que gerem mais de 45 biliões de dólares (39,5 biliões de euros) em dívida mostram que até agora nenhum pedido formal de suspensão de dívida foi feito por parte de países que são elegíveis para participar na DSSI do G20”, disse Dylan Riddle à Lusa.

O IFI divulgou esta quinta-feira uma atualização, nas vésperas da reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20, sobre a questão dos pagamentos da dívida pública dos países em dificuldades financeiras, no qual reafirma que “o setor privado está pronto para trabalhar com os países que precisem de assistência, tendo preparado ferramentas para resolver as circunstâncias únicas da situação de cada país”.

No documento, os credores privados defendem a necessidade de manter o acesso ao mercado “a um custo aceitável” e notam que os países “acreditam que as suas necessidades de financiamento do desenvolvimento não podem ser cumpridas, a longo prazo, com recurso aos credores oficiais e aos doadores”.

Na atualização, os credores dizem que continuam financiar os projetos em curso que são apoiados por instituições financeiras multilaterais e apontam o Equador como exemplo de um país que, apesar de não ser elegível para DSSI, é um bom exemplo de um país que conseguiu reestruturar a dívida através de soluções negociadas em boa fé com os agentes de mercado.

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