Danilo, o capitão, começou por ser o primeiro protagonista da temporada com um episódio disciplinar em que teve uma discussão com Sérgio Conceição, foi dispensado do estágio no Algarve no último dia, viu uma proposta feita pelo Mónaco ser rejeitada pelos dragões pelos valores apresentados e só à última entrou com a braçadeira no jogo de apresentação aos sócios no Dragão. Danilo, o capitão, foi o último protagonista da temporada com os dois primeiros golos na Liga marcados em jornadas consecutivas e nos triunfos que valeram o título. Pelo meio, houve um Danilo inconstante, inconsequente, com algumas lesões. Mas sempre Danilo, o capitão, como se viu pela forma como Pepe se apressou a colocar no braço do médio a braçadeira no jogo em Tondela.

Danilo, a figura de uma época que foi de dispensado do estágio a super-herói (a crónica do FC Porto-Sporting)

“Sem dúvida que sabe melhor ser campeão a marcar. Estava à espera deste momento há muito tempo, felizmente tive o prazer de marcar este golo. Foi uma sensação inesquecível! Ser campeão assim é muito bom, falta só o público mas de certeza que estão todos felizes em casa”, começou por dizer o internacional português, considerado pela SportTV o MVP do encontro, na zona de entrevistas rápidas depois do jogo (e da festa).

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“Obrigado pelo apoio dos adeptos, estamos todos juntos. Não foi fácil, nunca é fácil mas no essencial o que nos fez chegar a este momento foi a união do grupo por mais que falem e que digam que as coisas não estão bem, estivemos sempre bem e unidos. Época? Não foi uma época consistente para mim, tenho noção disso, mas tenho confiança em mim mas obrigado aos meus amigos verdadeiros que sempre me apoiaram e obrigado a este clube”, prosseguiu Danilo, antes de deixar também uma mensagem para os adeptos azuis e brancos.

“Festa com estádio vazio? É uma sensação sempre muito boa, o público ia dar outra sensação mas sei que eles estão muito felizes e que nos apoiaram sempre. Os adeptos sabem o momento em que estamos, já tiveram um bom comportamento no São João e vão ter agora também”, rematou o capitão dos azuis e brancos.

Mesmo não fazendo parte das ligações habituais na circulação de bola, o médio voltou a ser destaque pelo jogo posicional a meio-campo que estancou as transições do Sporting e os movimentos verticais que têm sido o segredo desde que Rúben Amorim assumiu o comando dos leões, além de ter marcado mais uma vez no clássico tal como já tinha acontecido na temporada anterior (e também na sequência de um canto). Antes, e nos 45 minutos iniciais, Danilo tinha sido o jogador com mais recuperações efetuadas entre todos os 22 que estavam em campo. Outra curiosidade: os 19 golos marcados pelo internacional significaram 18 vitórias e apenas um empate.