Quando a Nissan surgiu com o Leaf em 2010, não existiam muitos postos de carga e, muito menos, uma solução standard em matéria de tomada de ligação à rede. Daí que a Nissan (com o Leaf) e a Mitsubishi (com o i-MiEV), além da Tokyo Electric Power Company, a Fuji Heavy Industries e, mais tarde, a Toyota se associassem para conceber (e impor) a tomada CHAdeMO, de Charge de Move, uma designação que também tem a ver com um trocadilho para “o cha demo ikaga desuka”, que em japonês significa algo como “e que tal se tomássemos um chá”, numa referência ao tempo que era necessário para recarregar as baterias.

A CHAdeMO foi durante muito tempo a ficha mais popular na Ásia, Europa e EUA, até que, em 2013, a SAE introduziu a CCS Combo, com o protocolo de comunicação PLC entre veículo e posto de carga, sistema utilizado pelas redes inteligentes de distribuição de energia, ao contrário do protocolo CAN utilizado pela CHAdeMO.

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Com a indústria automóvel a decidir que o sistema CCS tinha uma maior potencial de evolução, daí ter sido adoptado na Europa e EUA, foi com estranheza que se viu a Nissan manter-se fiel ao sistema antigo no novo Leaf, apresentado em final de 2017, enquanto todos os veículos eléctricos alemães passaram a montar CCS, moda a que também aderiram os franceses, tanto da PSA como da Renault. Mesmo a Tesla, no Model 3, trocou a sua tomada específica pela CCS, de forma a poder ter acesso à totalidade de redes de carga públicas, todas elas CCS.

A surpresa, ainda que de alguma forma aguardada, foi o Ariya ter virado finalmente as costas à CHAdeMO, optando finalmente pela CCS Combo, que permite recarregar em AC e DC, ao contrário da CHAdeMO. Isto deixa a Mitsubishi sozinha com a ficha japonesa, que certamente trocará quando apresentar o seu novo eléctrico, para substituir o i-MiEVque fabricou entre 2009 e 2015, modelo que também exibiu emblema da Peugeot e Citroën.

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