O governador da Geórgia, nos Estados Unidos, avançou com um processo contra a presidente da capital daquele estado, Atlanta, por ela ter imposto o uso de máscaras para evitar a propagação do novo coronavírus contra as orientações que ele tinha dado. O procurador-geral da Geórgia, no entanto, já fez saber em comunicado que o Estado “continua a instar os cidadãos a usar a máscara, mas que este processo é sobre o estado de direito”, declarou Chris Carr.

É que, segundo o governador republicano Brian Kemp, tanto a presidente da câmara (democrata) Keisha Lance Bottoms como todos os membros do conselho da cidade terão excedido a sua autoridade ao emitirem regras no combate à Covid-19 mais restritivas do que aquelas emitidas pelo governo estadual. Sobretudo depois de Kemp ter proibido mais de uma dúzia de governos locais de exigirem a utilização de máscaras em público.

Em reação ao processo, Bottoms já colocou uma publicação na rede social Twitter onde mostra que Atlanta apenas seguiu as recomendações genéricas que lhe foram transmitidas. A seguir colocou a hashtag #ATLStrong (Atlanta forte). Na Geórgia já morreram 3.014 vítimas da Covid-19 e estão registados 131.275 infetados. Bottoms e ela e  sua família estão entre os que testaram positivo.

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“Um melhor uso do dinheiro dos contribuintes seria aumentar os testes e rastrear os contactos”, disse a governante, citada pela NBC. “Se ser processado pelo Estado é o necessário para salvar vidas em Atlanta, então veremo-nos em tribunal”, prosseguiu.

O procurador-geral a quem foi entregue o processo já disse que o poder do executivo do estado está nas mãos do governador e que “a cidade de Atlanta não pode continuar conscientemente a impor ordens que são inexequíveis e sem efeito”.

A porta-voz de Brian Kempf, Candice Broce, por seu turno, lembrou numa publicação, também na rede social Twitter, que o governador não era contra o uso de máscaras, mas que os autarcas não podem aplicar regras mais restritivas que os governadores.

Candice Broce respondeu diretamente na rede social Twitter à presidente da câmara de  Atlanta e disse-lhe que as medidas que estava a impor na cidade estavam a levar os comerciantes a não abrirem as portas por se sentirem cheios de medo.