As receitas das grandes apostas em Macau caíram para 1,5 mil milhões de Hong Kong dólares (170 milhões de euros) no segundo trimestre, um resultado que traduz a crise causada pela pandemia na capital mundial do jogo. A queda para mínimos históricos deste tipo de receitas em relação ao trimestre anterior é significativa: quase dez vezes menos.

Um montante que contrasta também com os 135,2 mil milhões de Hong Kong dólares (15,3 mil milhões de euros) que o jogo “VIP” rendeu nos 12 meses de 2019. O total angariado pelos 41 casinos de Macau em apostas “VIP”, no primeiro semestre, foi de 16,3 mil milhões de Hong Kong dólares (1,85 mil milhões de euros).

Os casinos fecharam pelo menos 15 dias em fevereiro, na sequência de uma decisão tomada pelas autoridades durante a primeira vaga de casos no território, um dos primeiros a serem atingidos pela pandemia da Covid-19.

Com a imposição de restrições fronteiriças e com a suspensão dos vistos turísticos da China (o maior mercado turístico de jogo para Macau), as receitas totais dos casinos em Macau caíram 97% em junho e mais de 77% no primeiro semestre, em relação a iguais períodos de 2019. Três concessionárias (Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn) e três subconcessionárias (Venetian, MGM e Melco) exploram o jogo em Macau.

Macau foi dos primeiros territórios a identificar casos de Covid-19, antes do final de janeiro. O último, o 46.º, foi detetado a 25 de junho, quando já não havia registo de novos casos desde 9 de abril e o último doente tinha tido alta a 19 de abril.

Macau não registou nenhuma morte relacionada com a doença e não identificou qualquer infetado entre os profissionais de saúde. A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 585 mil mortos e infetou mais de 13,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

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