Só 1,5% dos funcionários e colaboradores da Universidade de Lisboa submetidos, em maio, a testes serológicos, revelaram a presença de anticorpos para o novo coronavírus, revelou a instituição em comunicado.

No total, foram testadas 2.571 pessoas, de todas as escolas da Universidade, sob coordenação da Faculdade de Medicina (FMUL) e através do método desenvolvido pelo consórcio Serology4COVID. 38 delas revelaram “a presença inequívoca de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2”, o que significa que as demais não terão contactado com o vírus, “mantendo-se seronegativos do ponto de vista imunológico”, explica o texto enviado às redações.

Para além disso foram ainda detetados 11 casos de infeção ativos, em funcionários que não apresentavam qualquer tipo de sintoma. “Os 2571 funcionários e colaboradores da Universidade de Lisboa testados nesta campanha são maioritariamente mulheres (66%) e têm idades compreendidas entre os 19 e 74 anos, tendo uma média de idades de 44 anos. Foram detetados 11 casos de infeção ativa (pelo teste de diagnóstico, RT-PCR, que revela a presença do vírus nas vias respiratórias superiores no momento do teste) e 38 casos de seropositividade (presença de anticorpos específicos para SARS-CoV-2 na amostra de sangue). Os casos de infeção ativa não revelaram sintomas, permanecendo assintomáticos”, detalhou José Melo Cristino, professor de Microbiologia da FMUL e coordenador do projeto.

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Estes resultados podem ser justificados, diz a Universidade de Lisboa, pela conjugação de vários fatores, que vão desde o encerramento “antecipado” de todos os espaços de trabalho da instituição, logo a 13 de março, à “boa consciencialização” dos funcionários, nomeadamente no que diz respeito às medidas recomendadas de higiene e distanciamento social.

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