O presidente da federação distrital de Bragança do PS, Jorge Gomes, foi reeleito, na sexta-feira, com mais de 62 por cento dos votos, numa eleição em que teve como concorrente a presidente da Câmara de Mirandela, Júlia Rodrigues.

Os resultados foram conhecidos esta sexta-feira à noite com perto de mil militantes a votarem, 621 dos quais no atual presidente e deputado do PS pelo círculo de Bragança na Assembleia da República.

As eleições autárquicas, que decorrerão dentro de pouco mais de um ano, são apontadas como “a tarefa muito grande” que se avizinha pelo presidente reeleito que tem como objetivo “superar” as atuais sete câmaras em que o PS é poder, entre as doze do distrito de Bragança.

Jorge Gomes lembrou, em declarações à Lusa, “a marca histórica do partido” nesta região, que chegou a ter dez câmaras, que foi perdendo para o PSD, ficando reduzido a duas.

“Já subimos de duas para sete, um trabalho que se deve em muito aos nossos autarcas, e vou lutar para superar o número de câmaras que temos”, afirmou.

O processo da escolha dos candidatos, segundo disse, deverá seguir as orientações da direção nacional do PS, pelo que só “no início do ano que vem” é que o partido avançará com nomes.

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O presidente da federação de Bragança acredita que “o partido está mobilizado” no distrito, apesar da situação anómala que se vive, devido à pandemia covid-19.

Jorge Gomes espera conseguir integrar nesta mobilização “a face visível” da parte que perdeu as eleições internas desta sexta-feira, referindo-se à adversária Júlia Rodrigues.

O presidente reeleito referiu também os que apelidou da “face invisível da derrota, os históricos do partido” na região, que “constantemente se colocam” contra as candidaturas que apresenta e em que inclui a antiga autarca e atual secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes, que apoiou Júlia Rodrigues.

“Eles já perderam cinco, seis, sete vezes e eu continuo de pé e continuo a fazer tudo pelo partido”, declarou.

Jorge Gomes já tinha liderado a federação distrital de Bragança do PS antes de ter integrado o primeiro Governo de António Costa, como secretário de Estado da Proteção Civil.

Demitiu-se na sequência dos incêndios de 2017, voltou a integrar as listas do PS à Assembleia da República e a recandidatar-se à federação, tendo sido hoje reeleito para o segundo mandato consecutivo.