O escritor espanhol Juan Marsé morreu no sábado à noite no Hospital de Sant Pau, em Barcelona, a mesma cidade onde nasceu em 1933, tendo passado a infância e a juventude no bairro de Gràcia. Marsé, vencedor de vários prémios durante a longa carreira literária, tinha 87 anos.

Juan Marsé, que chegou a trabalhar como operário numa oficina de joalharia, começou a publicar as primeiras crónicas em 1958 nas revistas Ínsula e El Ciervo, tal como constata o El País. Um ano depois obteria o primeiro prémio por um conto da sua autoria.

Da sua obra fazem parte títulos como “Últimas tardes com Teresa” (de 1966; Prémio Biblioteca Breve), cuja história foi adaptada para o grande ecrã em 1984, “Se Te Dicen que Caí”(de 1973; Prémio Internacional de Romance México), “Ronda del Guinardó”, de 1984, “O Feitiço de Xangai” (de 1993; Prémio da Crítica e Prémio Aristeion), “Rabos de Lagartixa” (de 2000;  Prémio da Crítica e Prémio Nacional de Literatura, ambos em 2001) e “Canções de Amor em Lolita’s Club”, a sua obra mais recente.

Segundo a publicação La Voz de Galicia, Marsé foi um dos escritores mais proeminentes da narrativa espanhola na segunda metade do século XX, deixando para a posteridade uma obra cuja crítica centrou-se na sociedade de classes — o El Confidencial escreve até que o Marsé “despiu a burguesia catalã”.

Juan Marsé foi inclusivamente vencedor do Prémio Cervantes em 2008.

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