Numa reunião com accionistas, o CEO da Daimler, Ola Källenius, anunciou alguns detalhes muito interessantes para o Mercedes EQS, a berlina eléctrica com cinco metros de comprimento que a marca alemã está a desenvolver. Entre tudo o que foi avançado, o que ficou mais no ouvido foi a autonomia estimada para o modelo que, segundo Källenius, deverá rondar 700 km entre recargas.

É mais fácil anunciar grandes autonomias com os modelos ainda em fase de protótipos do que posteriormente, quando eles chegam ao mercado. Ainda assim, não é normal nos fabricantes mais consagrados do mercado existirem grandes discrepâncias. Até porque estas, a existirem, beliscariam a imagem de credibilidade junto do mercado e potenciais clientes.

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Vem isto a propósito do novo topo de gama eléctrico da Mercedes, o imponente EQS, que se assume como a versão a bateria do Classe S. Espera-se que tenha como base uma plataforma específica para eléctricos a bateria e não derive, como o EQC, de uma base partilhada com versões que montam mecânicas a combustão, que é uma solução mais em conta, mas que limita sempre a eficiência.

Mesmo recorrendo a uma plataforma específica e admitindo que a Mercedes estará já a contar com a evolução que as baterias vão ter nos próximos um a dois anos, estamos perante uma evolução notável face ao EQC, SUV equipado com uma bateria de 93 kWh (apenas 80 kWh úteis) que se fica pelos 416 km entre visitas ao posto de carga. A autonomia estimada para o novo eléctrico leva a crer que, apesar das vantagens aerodinâmicas do EQS, a Mercedes está a pensar utilizar baterias com muito mais densidade energética ou com mais capacidade, uma vez que, com o mesmo tipo de células do EQC, necessitaria de um pack de baterias entre 120 e 130 kWh úteis.

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