O investimento captado através dos vistos Gold aumentou 2,9% no primeiro semestre, face a igual período de 2019, para 383 milhões de euros, segundo contas feitas pela Lusa com base nas estatísticas do SEF.

Nos primeiros seis meses do ano, o investimento total resultante da concessão de Autorização de Residência para Investimento (ARI) ascendeu a 383.003.719,56 euros, mais 2,9% ao primeiro semestre de 2019 (372.243.909,50 euros). Entre janeiro e junho, foram atribuídos 700 vistos “dourados”.

Em junho, o investimento captado aumentou em termos homólogos 21,9% para 89.100.660,55 euros. Face a maio (146.168.473,40 euros), o investimento recuou 39%. No mês passado, foram concedidos 171 vistos Gold, dos quais 162 por via da aquisição de bens imóveis (61 foram para reabilitação urbana) e nove através do critério de transferência de capital.

A compra de bens imóveis em junho totalizou 83,2 milhões de euros (a reabilitação urbana ascendeu a 22,2 milhões de euros) e a transferência de capitais 5,8 milhões de euros.

Do total das concessões de vistos Gold em junho, 45 foram provenientes da China, 22 do Brasil, 13 de África do Sul, nove da Turquia e outros nove do Vietname. Em mais de sete anos – o programa ARI foi lançado em outubro de 2012 -, o investimento acumulado até junho passado totalizou 5.375.257.550,51 euros, com a aquisição de bens imóveis a somar 4.858.374.412,75 euros.

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Do total de investimento em compras de imóveis, 235.340.240,34 euros correspondem ao requisito de aquisição tendo em vista a reabilitação urbana. Já os vistos atribuídos por transferência de capitais totalizaram 516.883.137,76 euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 8.907 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019 e 700 em 2020.

Até junho, em termos acumulados, foram atribuídos 8.389 vistos Gold por via da compra de imóveis, dos quais 653 tendo em vista a reabilitação urbana. Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 501 e foram atribuídos 17 por via da criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.631), seguida do Brasil (947), Turquia (427), África do Sul (364) e Rússia (337). Desde o início do programa foram atribuídas 15.229 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 808 em 2020.