O embaixador português na Guiné-Bissau, António Alves de Carvalho, disse esta terça-feira que as 45 toneladas de material e equipamento médico que chegam quinta-feira a Bissau são um “sinal claro” da importância do país para Portugal.

“Está aqui um sinal claro da importância da Guiné-Bissau para Portugal neste contexto de pandemia da Covid-19. Vão ser quatro aviões, são 45 toneladas de material fundamental para a Guiné-Bissau”, disse o embaixador português.

António Alves de Carvalho falava aos jornalistas depois de um encontro de trabalho com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, para discutir assuntos de interesse bilateral.

Espera-se que possamos dar um contributo fundamental para a luta e vencer o desafio da Covid-19. Vamos vencê-lo”, afirmou.

Ao todo, segundo o embaixador, vão ser realizadas quatro pontes aéreas humanitárias, nomeadamente na quinta-feira, sexta-feira, sábado e “eventualmente na segunda-feira”.

Os voos da iniciativa “Equipa Europa” vão transportar 45 toneladas de material e equipamentos médicos orçados em mais de dois milhões de euros.

A União Europeia financiou a totalidade dos custos de transporte da operação e Portugal coordenou a logística e a angariação das doações de vários parceiros, incluindo agências das Nações Unidas, fundações, organizações não-governamentais e outros parceiros, que se juntaram para ajudar a Guiné-Bissau no combate à nova pandemia.

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A cerimónia de entrega do donativo vai decorrer quinta-feira no aeroporto internacional Osvaldo Vieira em Bissau e contará com a presença da embaixadora da União Europeia, Sónia Neto, da Alta Comissária para a Covid-19, Magda Robalo, do embaixador de Portugal e do encarregado de negócios da embaixada de Espanha, Juan Urdiales.

A Guiné-Bissau registava, até sábado passado, quase 2.000 infeções por Covid-19, incluindo 26 vítimas mortais e mais de 800 recuperados.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, declarou o estado de emergência no país, em março, depois de detetados os primeiros casos.

O chefe de Estado já prolongou o estado de emergência por seis meses, a última das quais até 25 de julho.

A ajuda inclui máscaras, luvas, óculos, viseiras, mangas, sapatos, fatos, medicamentos, gel, álcool e todo o material necessário para colheita e análise dos testes à Covid-19.

Esta é a terceira operação organizada por Portugal, juntamente com a União Europeia, tendo já sido feito um voo para São Tomé e Príncipe, em maio, e um outro de apoio logístico para o Haiti, em junho.