A GNR realizou esta terça-feira uma ação de fiscalização a um abrigo de animais supostamente ilegal em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, informou aquela força militar.

Em declarações à Lusa, fonte da GNR disse que a fiscalização foi desencadeada na sequência de denúncias sobre a existência de um canil ilegal, situado em Canedo.

A operação, que começou às 14h30, conta com a participação do veterinário municipal e de militares do núcleo de proteção ambiental.

Cerca de 200 populares juntaram-se ao início da tarde desta terça-feira para tentar entrar no abrigo, mas segundo os relatos de membros das associações presentes, à CMTV, terão sido retirados animais do local e os que estão terão sido “lavados” e “cuidados” pela dona do terreno. Segundo os relatos, haverá cerca de sete dezenas de animais no local onde anteriormente haveria cerca de 200, alegadamente sem condições.

À saída das instalações, o veterinário municipal de Santa Maria da Feira, Rui Jardim, afirmou que “não podia inferir que os animais estão em situação de maus tratos”, confirmando que tinham “acesso a água” e “infraestruturas de abrigo”.

Ainda assim, segundo Rui Jardim em declarações aos jornalistas, a autarquia retirou do local “três gatas e três cães” para serem levados para uma clínica onde irão ser analisados. Segundo o responsável pelos animais no município, no abrigo inspecionado estão “à data de hoje 58 cães e quatro gatos”, que deverão continuar no abrigo.

Segundo o JN, a concentração dos voluntários foi convocada através das redes sociais e terá sido a proprietária do terreno, Berta Brazão, a alertar as autoridades para o número de pessoas que estavam à porta do abrigo, denunciando que terá inclusivamente sido agredida quando tentava retirar seis cães do local.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Canil ilegal em Paredes recebeu “visitas técnicas” das autoridades desde 2014

A casa que funcionou como canil ilegal em Gandra, no concelho de Paredes, recebeu três visitas técnicas entre 2014 e junho, tendo sido encontrados “vários cães” em duas delas, revelou esta terça-feira fonte da autarquia local.

Segundo aquela autarquia do distrito do Porto, a última “visita técnica” realizou-se em junho, com a participação da veterinária municipal e de militares do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, e não foram encontrados animais.

Fonte camarária disse à Lusa que na casa reside uma mulher de 84 anos, que será a mãe da alegada proprietária de um canil em Santo Tirso que foi consumido por um incêndio, no fim de semana, que provocou a morte a 73 animais.

Sobe para 73 número de animais mortos em Santo Tirso

Já esta terça-feira foi realizada nova deslocação ao local, cujos resultados não foram ainda revelados pelas autoridades, algumas horas depois de populares, na segunda-feira à noite, terem rodeado a habitação com o objetivo de retirar animais que alegadamente estariam na habitação.

Várias dezenas de pessoas concentraram-se também, na segunda-feira, junto a uma casa abandonada em Sobrado, concelho de Valongo, com o objetivo de resgatar animais que diziam estar abandonados e em más condições sanitárias.

Na situação de Paredes, uma visita técnica em 2014, segundo a autarquia local, tinha encontrado cerca de meia centena de animais que foram encaminhados para uma associação.

Já em 2019, a veterinária municipal e o SEPNA estiveram no local e encontraram “alguns animais”, acrescenta o município.

A idosa que vive sozinha na casa está sinalizada desde 2017 pela Segurança Social e, de acordo com a câmara, tem-se recusado e deixar a habitação.

Uma associação local tem prestado “alguma assistência”, nomeadamente alimentar, à mulher, acrescenta a autarquia.