Um grupo de empresários vai investir 1,6 milhões de euros na reativação para fins turísticos da Salina da Gala, na Figueira da Foz, anunciou esta terça-feira um dos promotores.

João Girão, da empresa Cristal Salt 2A, disse à agência Lusa que o projeto de recuperação para o turismo da salina, com uma área de 40 mil metros quadrados, na freguesia de São Pedro, abrange “as vertentes pedagógica, histórico-museográfica e da saúde”.

Estamos a preparar o lançamento da primeira pedra no início de outubro, com a presença de várias individualidades e convidados”, adiantou, para indicar que a iniciativa parte de um grupo de empresários da região de Coimbra empenhados no “renascer da Salina da Gala numa das zonas mais emblemáticas do ancestral e tradicional setor” da exploração do sal.

Os investidores querem “recuperar a antiga salina e a área envolvente”, estando já em curso a primeira fase do empreendimento, referiu o arquiteto João Girão.

Entretanto, “algumas intervenções foram já realizadas com fundos próprios”, devendo os promotores candidatar os restantes investimentos aos apoios financeiros da União Europeia.

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Temos disponibilidade para valorizar este tipo de atividade”, adiantou, ao salientar que o empreendimento turístico revela “manifesto interesse para a promoção e divulgação” da Figueira da Foz, um município do distrito de Coimbra “com pergaminhos conquistados ao longo dos séculos”.

Todas as estruturas do projeto, de acordo com um comunicado da Crystal Salt 2A, “terão a particularidade de retomar o modelo tradicional das construções [em madeira] da Cova Gala, designadas por ‘palhoças’, na metodologia construtiva, ecológica e sustentável, no intuito de preservação dos valores culturais e ambientais”.

Na nota, os promotores realçam que o concelho balnear tem “uma imagem de terra de acolhimento, de sabores, de marnotos, de sal e de pescarias, de peixes e de pescadores, de praias e de mar, de serra e de rio, em que a ‘Rainha das Praias de Portugal’ sabe, com charme e simplicidade, receber, num dos mais notórios destinos, os portugueses e os estrangeiros”.