O produto interno bruto (PIB) sul-coreano caiu 3,3% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores, a maior queda registada desde 1998, anunciou o Banco da Coreia do Sul.

Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB da quarta maior economia da Ásia, que é também a 12.ª maior do mundo, caiu 2,9%. Esta foi a maior contração registada na Coreia do Sul em mais de vinte anos, desde o quarto trimestre de 1998, em plena crise financeira asiática, quando o PIB da Coreia do Sul caiu 3,8%.

A Coreia do Sul foi um dos primeiros países afetados pela pandemia de Covid-19, no início do ano. Seul conseguiu travar a propagação da doença sem impor confinamento, através de uma estratégia de rastreio intensivo e de regras de distanciamento social que têm sido amplamente adotadas pela população.

Apesar disso, a economia, muito dependente das exportações, sofreu com as repercussões da crise sanitária em todo o mundo. As exportações caíram 13,6% no segundo trimestre, em comparação com o período homólogo de 2019, o maior declínio desde 1974, quando se registou a primeira crise petrolífera.

A contração do PIB deve-se principalmente a “um declínio nas exportações de veículos automóveis, carvão e produtos petrolíferos“, disse o Banco da Coreia do Sul em comunicado. A instituição tinha indicado em maio que esperava uma queda do PIB de 0,2% em 2020, enquanto que em fevereiro ainda previa um crescimento de 2,1%.

O governador do Banco da Coreia do Sul, Lee Ju-yeol, anunciou esta semana que uma nova revisão em baixa desta previsão era “inevitável”, devido à gravidade do declínio das exportações.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) também reviu em baixa as previsões para a Coreia do Sul, no mês passado, esperando agora que a economia daquele país sofra uma contração de 2,1% este ano.

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