A Fundação Calouste Gulbenkian anunciou esta quinta-feira o apoio de 125 mil euros à apresentação de projetos culturais portugueses, em oito instituições francesas, envolvendo artistas como Andreia Santana, Ângela Ferreira, Francisco Tropa, Isabel Carvalho, João Fiadeiro e Sandra Rocha.

Entre os projetos apoiados, que envolvem “mais de uma dúzia de criadores nacionais”, está também uma mostra coletiva relacionada com os movimentos de libertação de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde, com obras de Filipa César, Daniel Barroca, Fernando Calhau e Ana Hatherly, entre outros autores.

Os apoios concedidos resultam do concurso lançado pela Delegação da Fundação Gulbenkian em França, com o objetivo de “incentivar a visibilidade da criação portuguesa, no seio das instituições artísticas daquele país”, lê-se no comunicado da fundação, divulgado esta quinta-feira.

Na primeira edição deste concurso, segundo a Gulbenkian, foram recebidas 22 propostas provenientes de museus e centros de arte franceses, tendo sido selecionadas oito instituições que vão apresentar, entre este ano e o próximo, “exposições ou projetos com mais de uma dúzia de criadores nacionais de várias áreas artísticas”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A lista de instituições escolhidas abre com o Centre Photographique d’Île-de-France, no norte de Paris, que vai apresentar uma exposição de Sandra Rocha, seguindo-se o espaço In Extenso – Lieu d’Art Contemporain, em Clermont-Ferrand, com o projeto “Tools for Living”, de Andreia Santana.

O Festival Circulations(s), dedicado à fotografia europeia, emergente, que dedica a edição de 2021 a Portugal, está também entre as entidades apoiadas.

O mesmo acontece com o centro de arte contemporânea Le Creux de l’Enfer, em Thiers, que vai apresentar a exposição “Mur mur”, de Francisco Tropa, e a Villa Arson, em Nice, que concede carta branca ao coreógrafo João Fiadeiro e à ‘performer’ Violaine Lochu, para desenvolverem uma atuação específica para o seu espaço.

O Centre d’Art Contemporain Le Lait, em Rochegude, com a exposição “Langages Tissés”, de Isabel Carvalho, junta-se aos escolhidos.

A exposição de Ângela Ferreira “Structures et gestes – Indépendance Cha Cha & #BucketsystemMustFall” justificou igualmente o apoio à L’École Nationale Supérieure d’Arts de Paris-Cergy/Centre d’Art Ygrec.

O Institut National d’Histoire de l’Art, por seu lado, irá acolher a mostra coletiva “Résistance Visuelle Généralisée: Livres de photographie et mouvements de libération (Angola, Mozambique, Guinée-Bissau, Cap-Vert) de 1960 à 1980”, que conta com obras de artistas como Filipa César, Daniel Barroca, Fernando Calhau e Ana Hatherly.

O júri que selecionou as instituições foi constituído por dois membros da Fundação Calouste Gulbenkian – o diretor da sua delegação em França, Miguel Magalhães, e a curadora do Museu Gulbenkian Leonor Nazaré -, e por um elemento externo, o curador e diretor da organização curatorial francesa Council, Grégory Castéra.