Um homem foi detido pela PSP por ser suspeito da prática de mais de 30 crimes de burla qualificada em negócios online de equipamentos eletrónicos, causando um prejuízo patrimonial superior a 28 mil euros, anunciou esta quinta-feira a polícia.

A PSP avança em comunicado que o homem, de 31 anos, detido na terça-feira, possuía “inúmeros registos criminais, nomeadamente de crimes lesivos da esfera patrimonial”, tendo sido presente no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, onde lhe foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

Segundo as autoridades, o homem foi autor de inúmeras burlas cometidas através da internet, por todo o país, escolhendo anúncios de compra de bens eletrónicos colocados pelos ofendidos em várias plataformas de venda.

O detido demonstrava interesse na compra dos equipamentos que se encontravam à venda nas plataformas digitais, simulando transferências bancárias através da aplicações usadas para o efeito, com respetiva remessa do comprovativo da ordem de transferência para os ofendidos de forma a credibilizar o negócio, contudo o dinheiro nunca chegava à sua posse.

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Quando já tinha os objetos, e de acordo com as autoridades, o agora detido continuava a atender as chamadas dos lesados com reclamações dos pagamentos em falta, mas alegava a existência de problemas com as entidades bancárias, descartando “toda e qualquer responsabilidade na falta dos pagamentos, facto que foi levando as pessoas a assumir que tinham sido ludibriadas”.

No comunicado, a PSP acrescenta que a investigação durou cerca de um ano, com as autoridades a identificar e analisar dezenas de burlas cometidas pelo suspeito e que vieram a demonstrar que esta atividade criminal fazia parte do seu modo de vida, fazendo falsas promessas de compras de equipamentos e causando um prejuízo patrimonial superior a 28.000 euros.

No decorrer da detenção foi aprendido um computador, um monitor de computador, um tablet e um telemóvel. A PSP avança ainda acreditar na existência de outros lesados, sobre os quais a identidade ainda é desconhecida, mas continuará “a envidar esforços” no sentido de chegar a todas as pessoas que foram vítimas deste homem.