O CDS-PP/Lisboa pediu esta sexta-feira à câmara a reativação do Conselho Municipal de Juventude (CMJ), que não realiza reuniões desde 2016, acusando a autarquia de estar a ignorar os jovens.

Em comunicado de imprensa, os líderes das concelhias de Lisboa do CDS-PP e da Juventude Popular, Diogo Moura e Francisco Camacho, respetivamente, defendem ser “verdadeiramente incompreensível a ausência de funcionamento” do CMJ “num período tão crítico como o atual”.

Para os centristas, “é intolerável que a juventude continue a ser ignorada”, numa altura em que as associações académicas têm assumido esforços para o regresso às aulas e em que têm sido vários os alertas para “a potencial crise de saúde mental que pode afetar os mais novos”.

O CDS fala em “ilegalidade” e apela para a reativação daquele órgão, presidido pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), “cujo plenário deverá passar a reunir ordinariamente pelo menos quatro vezes por ano”.

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São mais de 4 anos em que este fórum do município, com verdadeiras responsabilidades sobre matérias relacionadas com a política de juventude que procura dar voz às diversas associações e organizações de jovens, envolvendo-as na discussão dos processos de tomada de decisões, se encontra paralisado por mera inércia política”, criticam os dois líderes na mesma nota.

O CDS lamenta que a juventude tenha sido “varrida para baixo do tapete”, defendendo que a autarquia “se tem caraterizado pela incapacidade em assumir opções políticas que façam a diferença na vida das novas gerações e com uma crise pandémica a despoletar gravíssimos impactos económicos e sociais”.

Os centristas referem ainda que o Conselho Municipal de Juventude agregava “representantes de associações e entidades relevantes da Cidade de Lisboa com direta intervenção no quotidiano de milhares de jovens residentes em Lisboa e de outros tantos que fazem da capital a sua casa, envolvendo-as na discussão dos destinos do município, designadamente em matérias relacionadas com políticas de juventude”.