As receitas de serviços da Vodafone Portugal registaram, no primeiro trimestre fiscal terminado em junho, “um ligeiro crescimento de 0,7%” em termos homólogos, para 240 milhões de euros, impactadas pela pandemia, divulgou esta sexta-feira a operadora de telecomunicações.

Em comunicado, a empresa refere que no primeiro trimestre do ano fiscal 2020-2021 “a atividade da Vodafone Portugal foi inevitável e fortemente impactada pela pandemia Covid-19”.

A operadora de telecomunicações salienta que “o estado de emergência nacional, que vigorou entre os dias 18 de março e 3 de maio e impôs uma conjuntura de confinamento e mobilidade reduzida, bem como o significativo abrandamento da atividade económica penalizaram os indicadores da Vodafone Portugal”.

No primeiro trimestre fiscal, as receitas de serviços “atingiram 240 milhões de euros, o que representa um ligeiro crescimento de 0,7% em comparação com o mesmo período do ano passado”.

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A Vodafone Portugal salienta que os resultados do primeiro trimestre fiscal “foram impulsionados, sobretudo, pelo bom desempenho do segmento fixo, que tem registado significativas novas adesões em diferentes áreas geográficas, por via do acréscimo de novas células FTTH (fibra) todos os trimestres”.

Entre abril e junho, “a cobertura do serviço fixo chegou a 3,5 milhões de lares e empresas (+9,4% homólogos)” e a “base de clientes de serviço fixo com banda larga aumentou para 756 mil (+9,1%) e o número de clientes de televisão chegou a 692 mil (+10,2%)”, adianta.

Os dados do primeiro trimestre “revelam uma desaceleração do principal indicador de negócio, que traduz, sobretudo, a queda das receitas no segmento móvel” destaca.

A quebra das receitas de “roaming”, na sequência das restrições às viagens, “foi altamente penalizadora para a Vodafone”, admite a operadora de telecomunicações. “Ao mesmo tempo, a queda do pré-pago, que resulta das dificuldades financeiras sentidas pelos consumidores e também da reduzida entrada de turistas no país, penalizou as receitas e impactou no número de clientes, que diminuiu 3,4% para 4.571 milhões, face ao mesmo período no ano passado”, prossegue.

O segmento empresarial “sofreu uma forte pressão com muitas empresas a serem obrigadas a renegociar pagamentos e a cancelar ou suspender temporariamente os seus serviços”, salienta a empresa liderada por Mário Vaz.

“Os resultados divulgados hoje confirmam que o novo exercício fiscal, iniciado a 01 de abril, será extremamente desafiante para a Vodafone Portugal e para o setor em que opera. Apesar de a nossa área de atividade, pela sua criticidade e essencialidade, ser mais resiliente do que muitas outras, não estamos imunes ao choque económico”, afirma o presidente executivo, Mário Vaz, citado em comunicado.

“O impacto da pandemia no negócio já foi muito significativo no primeiro trimestre e continuará a fazer-se sentir no futuro. Apesar de a verdadeira magnitude da recessão provocada pela Covid-19 ser ainda incerta, as previsões económicas mais pessimistas – divulgadas pela Comissão Europeia – estimam uma contração do PIB (economia) de quase 10% em Portugal este ano”, recorda.

“As condições adversas que hoje vivemos não colocam em causa a determinação da Vodafone Portugal em continuar a investir no país e a ajudar os seus clientes, em especial o tecido empresarial português, a ultrapassarem este período adverso com resiliência, capacidade de adaptação e inovação”, assevera o gestor.

“Este foi, aliás, o posicionamento adotado pela empresa desde o início do surto pandémico. A Vodafone colocou o país em primeiro lugar, garantindo a sua conectividade. As diversas iniciativas de apoio às famílias, empresas, instituições, profissionais da área da saúde, bem como a organismos do Estado, só foram possíveis graças ao significativo esforço financeiro efetuado durante este período e ao elevado investimento tecnológico realizado nos últimos anos”, conclui o presidente executivo da Vodafone Portugal.

No comunicado, a Vodafone não avança com os dados relativos às receitas totais.