A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse esta sexta-feira que vai haver “tolerância zero” para a utilização de fogo nos próximos dias, devido ao risco elevado de incêndio, que mantém seis distritos em alerta laranja.

Apelamos exatamente à população para tolerância zero ao uso do fogo e muito cuidado”, disse o 2.º comandante nacional, André Fernandes, durante uma conferência de imprensa na sede da ANEPC, em Carnaxide, no concelho de Oeiras.

André Fernandes pediu também cautela em relação a tudo “aquilo que tem que ver com os trabalhos nas zonas rurais e florestais”, uma vez que uma “boa parte dos incêndios” registados “nos últimos dias” foi provocada por “negligência” na utilização de maquinaria, como por exemplo agrícola, nestas áreas.

A Proteção Civil acrescentou que as condições meteorológicas “vão continuar favoráveis à deflagração e à progressão dos incêndios rurais”.

Por isso, vai ser mantido o nível de “alerta laranja” para os distritos de Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro. Os restantes distritos “vão manter-se em alerta amarelo”.

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O 2.º comandante sublinhou que foram “tomadas algumas medidas de antecipação operacional”, em particular o posicionamento antecipado de meios “junto às zonas mais perigosas, com índice de risco elevado, extremo”.

Questionado sobre os incêndios que deflagraram esta sexta-feira, nomeadamente o que deflagrou pelas 11H40 numa zona de mato em Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, e que foi dado como dominado pelas 18H32, André Fernandes disse apenas que “houve uma necessidade de reforço de meios”, de “encerrar um posto de combustível” e de “evacuações muito pontuais”, para garantir a segurança da população.

O 2.º comandante adiantou pouco depois das 19h00 que havia um incêndio em curso, em Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, que estava a mobilizar 88 operacionais, seis meios aéreos e 24 veículos, mas, como “os trabalhos estão a decorrer favoravelmente”, é expectável que “em breve também esteja dado como dominado”.