Campeão nacional, final da Taça da Liga, final da Taça de Portugal, 16 avos de final da Liga Europa. A temporada do FC Porto esteve longe de ser perfeita mas pode ainda tornar-se bastante satisfatória se conseguir, no primeiro dia de agosto, juntar a conquista da Taça à da Primeira Liga. Os dragões recuperaram o título depois de o terem deixado escapar para o Benfica na temporada passada, somaram várias goleadas e renasceram de um início de 2020 muito duro em que o lugar de Sérgio Conceição chegou a estar à disposição. Mas no meio de todos os índices positivos, surge um particular índice negativo.

Fransérgio acertou no poste, voltou a tentar, encurtou 360 kms e foi a imagem de uma equipa (a crónica do Sp. Braga-FC Porto)

Há cinco anos, desde 2014/15, que o FC Porto não perdia tantas vezes na Liga. Esta época, uma época totalmente atípica que se prolongou até aos últimos dias de julho, os dragões perderam quatro vezes, sendo que há cinco anos e ainda com Julen Lopetegui chegaram às sete derrotas. Numa temporada marcada pelo fraco nível qualitativo, pelas fracas exibições, pela ausência de regularidade das melhores equipas e até pela ausência de qualquer clube português dos oitavos de final das competições europeias, o FC Porto não fugiu à regra e perdeu mais do que o costume. E este sábado, contra o Sp. Braga na Pedreira, os dragões desperdiçaram uma vantagem mínima e não evitaram a derrota com os minhotos, que aproveitaram ainda o deslize do Sporting na Luz para carimbar o terceiro lugar.

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Na flash interview, Sérgio Conceição defendeu que o FC Porto fez uma “grandíssima primeira parte”. “Conseguimos fazer um golo, tivemos mais duas ou três ocasiões e um golo anulado por fora de jogo. Penso que o Sp. Braga não rematou com perigo à nossa baliza. Na segunda parte, temos um jogador no chão a jogada desenrolou-se, o árbitro marca falta e o Sp. Braga chega ao empate. Uma equipa que necessitava muito de ganhar este jogo, assim como nós, que também queríamos acabar de outra forma, com uma vitória. Assumo que, depois de alguma falta de orientação dos jogadores, tenha existido alguma superioridade do Sp. Braga no final do jogo”, explicou o técnico dos dragões, que assumiu depois que a final da Taça de Portugal, marcada para o próximo sábado, pode ter pressionado os jogadores.

“Os jogadores que têm sido muito utilizados deram aqui o máximo hoje [sábado], viemos para ganhar o jogo. O que posso questionar é o facto de um ou outro jogador que não tenha percebido bem o que era pretendido. Era um jogo em que tínhamos dito que precisávamos de ser iguais a nós próprios. A equipa foi subindo de nível desde a retoma. Talvez a final da Taça tenha entrado no subconsciente dos jogadores”, reconheceu Sérgio Conceição.

O FC Porto termina a Primeira Liga como campeão nacional e com 26 vitórias em 34 jogos, quatro empates e quatro derrotas. Marcou 74 golos, terminando como o melhor ataque do Campeonato, e apenas 22 golos sofridos, sendo também a melhor defesa da Liga. Dos 28 jogadores utilizados e com tempo de jogo, só cinco elementos de campo não marcaram (Tomás Esteves, Bruno Costa, Vítor Ferreira, Romário Baró e João Mário) e Corona acabou a época enquanto jogador com mais partidas (33, só falhou a receção ao Sporting na semana passada) e mais assistências (11). Marchesín foi o mais utilizado, com 2.790 minutos, e Marega foi o melhor marcador dos dragões no Campeonato, com 12 golos.