O número de entidades ilegais que se fazem passar por intermediários de créditos ou consultores com o objetivo de burlar famílias com problemas financeiros duplicou em 2020.

A notícia é avançada pelo jornal Público, na edição impressa desta segunda-feira, que cita o Banco de Portugal. De acordo com o regulador, no ano passado havia nove destas entidades e este ano, até meados de julho, foram detetadas 21.

A pandemia de Covid-19 aumentou as dificuldades financeiras das famílias, levando a que muitas não consigam pagar os seus empréstimos e, por isso, não conseguem aceder a moratórias de crédito.

Os agregados que não conseguem aceder a instituições de créditos autorizadas por já estarem endividadas são alguns dos alvos destes falsos intermediários de créditos, que prometem reestruturar os empréstimos que já existem ou concederem novos. Para iniciar o processo, pedem um pequeno valor, mas esses pedidos vão-se repetindo e sempre com somas mais elevadas.

De acordo com o Gabinete de Apoio Financeiro da Deco, nos meses em que vigoraram os estados de emergência — mais concretamente entre 18 de março e 30 de junho —, foram feitos mais de sete mil pedidos de aconselhamento financeiro, muitos de famílias cujos rendimentos diminuíram devido à pandemia.

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