A XXI Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira, que abre portas no sábado, vai apresentar mais de 350 obras criadas por 370 artistas de 38 países, anunciou esta terça-feira a fundação que organiza o evento.

Em comunicado enviado à imprensa, a Fundação da Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) adiantou que o programa da edição 2020, que se prolonga até 13 de setembro, integra uma exposição do concurso internacional e artistas convidados, onze projetos curatoriais, intervenções artísticas, conferências, conversas e visitas guiadas, entre outras iniciativas.

Este ano, na sequência da pandemia de Covid-19, a bienal, com o tema “Diversidade-Investigação. O Complexo Espaço da Comunicação pela Arte”, vai decorrer “num formato duplo incluindo, pela primeira vez, uma edição digital, que permitirá ao público a visita virtual” ao evento, “a partir de qualquer parte do mundo”.

A transmissão da programação complementar nas redes sociais será outra das apostas, por forma a possibilitar a participação e o envolvimento dos visitantes. Entrevistas em ‘ateliers’, intervenções artísticas e visitas guiadas são alguns dos conteúdos que estarão disponíveis gratuitamente”, especifica a nota de imprensa.

Segundo o presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, Fernando Nogueira, citado no documento, a edição 2020 “tem intrínseco o desafio de se sobrepor às restrições provocadas pelo novo coronavírus”.

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Se a vertente presencial não puder vingar, a Bienal a percorrerá o mundo através de uma plataforma digital, permitindo visitas virtuais, contacto com artistas, críticos e curadores, envolvendo os públicos e os seus olhares atentos”, sustentou Fernando Nogueira, que é também presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo.

O diretor artístico da exposição internacional, Cabral Pinto, disse ter sido esse “o desafio feito aos artistas, num dos tempos mais difíceis da nossa existência coletiva, que irá permitir, pela sua multiplicidade de propostas, proporcionar uma reflexão sobre a nossa cultura para uma melhor qualidade de vida pelo ‘conhecimento’, com os olhos postos num futuro cada vez mais tecnológico”.

O concurso internacional da bienal contou, nesta edição, com a inscrição 740 obras, de 451 artistas oriundos de 40 países.

Serão apresentados 92 trabalhos de 80 artistas e atribuídos Prémios Aquisição no valor de 20 mil euros”, adiantou.

A programação inclui, além da integração de trabalhos no espaço público da “Vila das Artes”, a descentralização cultural do evento com a realização de exposições em Alfândega da Fé (Casa da Cultura Mestre José Rodrigues), Viana do Castelo (Galeria Noroeste – Fundação Caixa Agrícola do Noroeste), Vila Praia de Âncora (Centro Cultural de Vila Praia de Âncora) e Monção (Galeria de Arte do Cine Teatro João Verde).

Em 2018, a bienal mais antiga da Península Ibérica decorreu entre 15 de julho e 16 de setembro, e recebeu cem mil visitantes. A 20.ª edição apresentou mais de 600 obras, de 500 artistas de 35 países, em 8.300 metros quadrados, num total de 14 espaços expositivos.