O presidente do CDS-PP reivindicou esta quarta-feira mais apoios e planos de saúde pública para o ensino superior, de modo a reduzir a “incerteza” com que as instituições estão a preparar o início do novo ano letivo, face à pandemia Covid-19.

Para já, há duas palavras de ordem que estão na cabeça dos dirigentes destas instituições, que são incerteza e algum receio. Incerteza porque ainda não foram elaborados planos de saúde pública específicos para as universidades, por parte da Direção Geral da Saúde (DGS)”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.

O líder centrista falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, no fim de uma reunião que realizou com o reitor da Universidade da Beira Interior, António Fidalgo, para analisar o cenário relativo à reabertura do ano letivo, dentro das novas contingências impostas pela Covid-19.

Em declarações aos jornalistas, Francisco Rodrigues dos Santos salientou que, tal como noutras atividades, as universidades terão de implementar normas de contingência, segurança e saúde pública e criticou a DGS por ainda não ter apresentado essas regras para que as universidades possam “operacionalizar” o regresso às aulas presenciais.

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“Isto naturalmente tem implicações no desdobramento dos alunos por turma, numa nova logística que tem de se implementar e também ao nível do corpo docente que tem de se extensível”, disse, defendendo que a importância da divulgação de normas de saúde pública.

Por outro lado, frisou que é preciso reforçar o financiamento para as universidades e politécnicos, uma vez que, estas instituições terão de gastar mais nas respostas aos problemas sociais.

Sabemos que, com o aumento da pobreza, do desemprego e com os portugueses a perderem rendimentos, é certo que teremos muitos mais alunos necessitados. E isso significa, que o Governo tem de injetar mais dinheiro nas instituições de ensino superior”, acrescentou.

Por outro lado, alertou ainda para os problemas de alojamento que podem agravar-se com a necessidade de alargar o distanciamento físico e a possível redução da capacidade, nomeadamente nas residências.

Defendeu ainda a necessidade de o Governo criar um “contrato de transparência”, apresentando num portal informações sobre a taxa de emprego real de cada curso, o custo médio de vida em cada cidade, a oferta ao nível das residências sociais, a rede de transportes e sobre a qualidade de ensino de cada instituição.