O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) entregou esta quarta-feira ao governo são-tomense 50 garrafas de concentradores de oxigénio, avaliadas em 70 mil euros, para “apoiar nos esforços nacionais” de combate à Covid-19, disse fonte da instituição.

Penso que esses equipamentos vão assegurar os esforços do Governo no combate à covid-19. Os 50 concentradores vão garantir melhor tratamento aos pacientes, é um instrumento, não apenas para ajudar a tratar da Covid-19, mas também outros pacientes que necessitam de assistência”, disse o representante do PNUD, Joseph Oji, no ato da entrega.

Estes concentradores de oxigénio vão ser distribuídos para os vários centros de saúde para garantir que em todos as estruturas sanitárias do país os doentes possam receber terapia com oxigénio e tratamento rápido, sem ter necessidade de se deslocar ao centro hospitalar, na capital.

De acordo ainda com o representante do PNUD, o concentrador de oxigénio ajuda os doentes, crianças e adultos, com insuficiência respiratória a recuperarem mais rapidamente as suas capacidades respiratórias.

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“Esta é uma arma poderosa para ajudar não só os pacientes com Covid-19, mas também outros pacientes com insuficiência respiratória”, explicou.

O apoio do PNUD enquadra-se no plano de resposta à Covid-19 do escritório da ONU em São Tomé e Príncipe, orçado em cerca de 2,5 milhões de dólares (2,12 milhões de euros).

Em nota enviada à Lusa, o PNUD referiu que os 2,5 milhões de dólares destinam-se à “implementação de ações que contribuam para o reforço dos sistemas de saúde para responder à pandemia, incluindo a aquisição e gestão da cadeia de abastecimento, a gestão e resposta inclusiva e multissetorial da crise, a avaliação do seu impacto socioeconómico”.

Na nota sublinha-se ainda que foram entregues ao Ministério da saúde de São Tomé e Príncipe um lote de testes de paludismo para “suprir as necessidades nacionais por um período de um ano”, adquiridos no quadro da subvenção do Fundo Global.

A existência da Covid-19 não elimina a luta contra outras doenças e os bons resultados que o Fundo Global e o PNUD já ajudaram o país a alcançar precisam ser mantidos e a contínua testagem e tratamento precoce são fundamentais neste processo”, sublinhou Joseph Oji.

O valor global dos concentradores e os kits para testes de paludismo entregues ao governo é de 220 mil euros. O ministro da Saúde são-tomense, Edgar Neves, agradeceu a “importantíssima oferta” que o PNUD fez ao sistema nacional de saúde do seu país.

“Estes concentradores de oxigénio com esta capacidade e qualidade são importantíssimos para os nossos serviços para darmos uma resposta mais estruturada, mais cientificamente preparada a todas as patologias”, disse Edgar Neves.

São Tomé e Príncipe regista 860 infeções pelo novo coronavírus e 14 mortos.