A edição de 2020 da feira Art Paris, uma das maiores de arte contemporânea do Mundo, vai realizar-se na capital francesa, de 10 a 13 de setembro, com entrada de visitantes controlada e foco especial em artistas portugueses e espanhóis.

As galerias presentes são convidadas a expor pintores portugueses e espanhóis, e vai haver sinalética especial assim como um guia para assinalar estas obras aos visitantes”, indicou Pierre Laporte, que dirige a comunicação do evento, em declarações à agência Lusa.

A Art Paris estava originalmente marcada para abril, mas foi adiada, sabendo-se agora que será realizada em setembro, no Grand Palais. A edição deste ano tinha já prevista uma presença reforçada de artistas portugueses e espanhóis, numa iniciativa chamada “Estrelas do Sul”, mas este destaque teve de ser redimensionado devido à covid-19.

Havia muitas galerias dos dois países que queriam vir, havia também uma comissária muito empenhada neste foco na Península Ibérica, já que a ideia da Art Paris é dar atenção, todos os anos, a países diferentes. Mesmo assim não se quis abandonar o projeto e este foi o compromisso que se encontrou”, referiu Laporte.

A comissária era Carolina Grau, curadora espanhola e cofundadora da Bienal de Jafre. Sem a possibilidade de um programa mais elaborado, pelo menos 17 das 122 galerias presentes nesta edição (a maioria francesa, com cerca de 20 a virem de outros pontos da Europa) vão apresentar obras de artistas como Joan Miró, Maria Helena Vieira Da Silva, Júlio Pomar, Antoni Tàpies, Miguel Branco, Rui Moreira e Jorge Queiroz, entre outros criadores.

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Esta é uma edição “resistente” desta feira de arte, que se adapta às condicionantes impostas pela pandemia.

Não vai haver uma grande ‘vernissage’, como é habitual, e as pessoas vão ser repartidas. E claro que a máscara vai ser obrigatória. Esperemos que, até lá, as coisas não se agravem. As galerias responderem massivamente ao apelo da organização porque tudo no mercado da arte foi anulado”, disse Pierre Laporte.

Portugal estará representado através da Galeria FOCO, situada em Lisboa.

A feira vai estar reservada de manhã aos profissionais, entre galeristas e colecionadores, e aberta à tarde aos visitantes, não podendo haver mais de 3.000 pessoas ao mesmo tempo no Grand Palais.