A Ordem dos Médicos (OM) avisa que este ano, o número de vagas para a formação especializada por si orientada vai ser “o maior de sempre”, saltando quase para as 1900, refere o bastonário Miguel Guimarães citado pelo jornal Público. Em 2019, o mapa de vagas para internato ascendeu a 1830, deixando sem hipótese de formação especializada centenas de jovens médicos, um problema que se tem vindo a agravar de forma significativa de ano para ano.

No total, a OM já assinalou 1850 vagas mas até à data limite para a entrega da lista completa ao Ministério da Saúde (15 de agosto), deverão ser identificadas mais algumas dezenas, revela o bastonário. “Queremos potenciar as capacidades formativas” das unidades de saúde, explicou Miguel Guimarães.

Estas vagas para formação especializada, o chamado internato, são abertas anualmente pelo Ministério da Saúde mas, antes disso, cabe à Ordem dos Médicos identificar a idoneidade e capacidade de formação das unidades de saúde do país — depois informam o Ministério, que as aprova e divulga. No ano passado, o Ministério da Saúde autorizou 1830 vagas para internato médico em todo o país, menos três do que as sugeridas pela OM.

Este processo que foi também recentemente auditado por uma consultora independente é descrito como frágil e cheio de problemas, tanto que, a título de exemplo, não existe uma base de dados ou sequer um sistema informático de suporte dedicado a este processo anual. Só no ano passado, por exemplo, 40% do total dos inquéritos realizados pelas comissões regionais do internato médico foram enviados fora do prazo.

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