A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) reiterou esta quarta-feira que a limitação de horário que vigora nos Centros Comerciais da Área Metropolitana de Lisboa (AML) “é discriminatória e injustificada”, apelando para que o Governo reverta esta regra.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, em vésperas de uma decisão do Conselho de Ministros sobre esta matéria, a APCC pede ao Governo para que reverta a sua decisão de fecho às 20h00, “uma vez que estes espaços e os seus lojistas garantem todas as condições de segurança aos visitantes e colaboradores das lojas, não representando qualquer risco acrescido de contágio do novo coronavírus, tal como vêm demonstrando os Centros Comerciais do resto do país, a funcionar sem limitações desde o dia 1 de junho”.

O Governo deverá deliberar, na quinta-feira, sobre a reabertura total dos Centros Comerciais na Área Metropolitana de Lisboa, onde se concentram 35% dos Centros do país e que asseguram 50% do emprego total gerado pelo setor a nível nacional. As lojas destes espaços têm de encerrar atualmente às 20h00.

Os associados da APCC consideram que não existem razões objetivas para que se mantenham estas restrições sobre os Centros Comerciais, que têm mostrado, como poucos outros espaços, capacidade de garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores das lojas, cumprindo não apenas as regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direção-Geral da Saúde, mas também as melhores práticas desta indústria a nível global”, afirma, na nota, o presidente da APCC, António Sampaio de Mattos.

O presidente da APCC recorda que “desde 1 de junho que os Centros Comerciais estão a operar sem limitações no resto do país sem registo de quaisquer incidentes”.

A manutenção do horário reduzido de funcionamento dos Centros Comerciais na AML, irá reforçar o impacto significativo que esta medida já está a ter, condicionando de forma grave e arbitrária a recuperação económica da atividade dos Centros Comerciais e dos seus lojistas e colocando em risco a preservação dos postos de trabalho”, conclui António Sampaio de Mattos.

Já a 23 de junho, a APCC tinha dito que “não compreende” a nova limitação de horário imposta a estes estabelecimentos da AML, alertando que, contrariamente ao pretendido, “pode potenciar uma maior concentração de pessoas”.

Compreendemos a preocupação do Governo e das autoridades de saúde em minimizar os riscos de ajuntamentos à margem das regras em vigor, mas reiteramos que os Centros Comerciais, pelas características da sua operação, e por cumprirem regras de limitação de entradas, não têm nem nunca tiveram ajuntamentos”, sustentou, na altura, o presidente da APCC.

Para António Sampaio de Mattos, “limitar o horário de funcionamento dos Centros Comerciais na AML pode potenciar uma maior concentração de pessoas, precisamente o contrário” do que se pretende, para além de continuar “a criar fatores de incerteza, com impactos negativos na operação dos centros, dos seus lojistas e na confiança dos visitantes”.

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