O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, afirmou que aquele município e Braga já estão a trabalhar para conseguir uma ligação entre as duas cidades por metro de superfície, um investimento que poderá ascender a 150 milhões de euros.

“Já estamos a trabalhar neste objetivo”, referiu Domingos Bragança, aos jornalistas, no final da apresentação de seis projetos colaborativos do Plano de Ação do Gabinete de Crise e da Transição Económica do município de Guimarães.

O autarca disse que Guimarães e Braga já pensam neste projeto “há anos” e que já há estudos anteriores, mas sublinhou que este é o momento certo para avançar, porque “parece que as circunstâncias combinam todas para que seja exequível”.

Ou aproveitamos agora este novo quadro comunitário de apoio e o Fundo de Recuperação Económica ou este projeto se atrasará irremediavelmente”, referiu.

Para Domingos Bragança, “a parte da concretização começa agora”.

A condução do dossiê ficará sob a alçada do ex-reitor da Universidade do Minho António Cunha, presidente do através do Gabinete de Crise e da Transição Económica do município de Guimarães.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Domingos Bragança adiantou que o avanço do projeto “não perderá a noção do Quadrilátero Urbano”, admitindo que poderá ser alargado também a Vila Nova de Famalicão e Barcelos.

Nunca quero fechar a rede, não há como cooperar. Ganhamos força quando unimos as cidades”, referiu.

Também presente na sessão, o secretário de Estado da Economia, João Neves, aplaudiu a iniciativa do metro de superfície, sublinhando que a inexistência de instrumentos de mobilidade conduz ao “enquistamento” dos territórios densamente povoados.

Instrumentos de mobilidade como este são algo extremamente positivo e é claro que este tipo de instrumentos vão ter um quadro muito favorável, nomeadamente no plano de recuperação económica que resulta das decisões do Conselho Europeu”, referiu o governante.

Por isso, João Neves disse acreditar que os dois municípios vão criar as condições necessárias para que o projeto “vá para o terreno rapidamente”.

A ideia dos dois municípios é que o metro tenha paragens nos campi de Braga e Guimarães da Universidade do Minho.

O projeto do metro à superfície faz parte do plano de recuperação assinado por António Costa e Silva para relançar a economia nacional e que será posto em prática através dos fundos provenientes da União Europeia.

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, também já se manifestou esta semana sobre o projeto, afirmando estar convicto de que há condições para a concretização, num futuro próximo, da ligação.

Rio lembrou que o projeto é apoiado, “desde a primeira hora”, pelo ministro do Ambiente.

No entanto, Rio lembrou que “ainda falta fazer praticamente tudo”, a começar pelos estudos prévios para definição do trajeto.