A Associação Portuguesa de ‘Leasing’, ‘Factoring’ e ‘Renting’ (ALF) registou quebras em todas as modalidades de financiamento especializado durante o primeiro semestre de 2020 face ao período homólogo de 2019, devido à pandemia de Covid-19, foi esta quinta-feira divulgado.

Nos primeiros seis meses de 2020, os resultados finais do setor do ‘renting’ [aluguer operacional de viaturas] revelam uma quebra de 13,7% quer em número de viaturas adquiridas (12.669 viaturas, sendo 10.201 de passageiros e 2.468 comerciais), quer em produção (258 milhões de euros)”, pode ler-se no comunicado da ALF enviado à Lusa.

No entanto, apesar das quebras na nova produção, “a frota total gerida pelas empresas de ‘renting’ manteve-se com uma evolução positiva, alcançando as 119 mil viaturas, no valor de 1,9 mil milhões de euros, resultando num crescimento de 3,0% e 5,5%, respetivamente”, para veículos de passageiros e comerciais.

Já o setor do ‘leasing’ [locação financeira], no primeiro semestre de 2020, apoiou investimentos no valor de 1,13 mil milhões de euros, uma redução de 25,7% face ao período homólogo [de 2019], em que o montante dos contratos novos celebrados ascendeu a 1,53 mil milhões de euros”, estima a ALF.

Neste segmento, a locação mobiliária “foi responsável por 756 milhões de euros em investimentos, observando-se uma quebra de 31%, quando comparado com o primeiro semestre de 2019, em que o valor ascendeu aos 1,1 mil milhões de euros”.

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Segundo a ALF, o ‘leasing’ de viaturas foi responsável por 501 milhões de euros, associados a 14.991 viaturas das quais 13.052 ligeiros (363 milhões de euros) e 1.939 pesados (138 milhões de euros), e o de equipamentos registou 3.754 novos contratos (255 milhões de euros).

Já a locação imobiliária reduziu-se em 12,1%, tendo apoiado “investimentos no valor de quase 378 milhões de euros, enquanto no mesmo período do ano passado tinha suportado 430 milhões de euros”.

A grande maioria (87%) dos contratos de ‘leasing’ imobiliário foi celebrado por empresas ou entidades públicas, num total de 329 milhões de euros, com os particulares e profissionais liberais a representar contratos no valor de 49 milhões de euros (13%)”, refere o documento divulgado pela ALF.

Já o ‘factoring’ (cedência de créditos comerciais de curto prazo por parte de uma empresa a uma instituição financeira) “apresentou uma quebra de 9,0% face ao primeiro semestre de 2019, com as instituições associadas da ALF a tomarem 15,1 mil milhões de euros em faturas nos primeiros seis meses de 2020”, segundo a associação empresarial.

O ‘factoring’ doméstico decresceu 12% face ao mesmo período do ano passado, com 7,1 mil milhões de euros em créditos tomados, ao passo que na vertente internacional, o ‘factoring’ de exportação registou 1,8 mil milhões de euros em créditos tomados, apresentando uma descida de 20,8%, e o ‘factoring’ de importação 93 milhões de euros, decrescendo 24,1%, acrescenta a ALF.